Giovanni Pavani – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)
Giovanni Pavani – Foto: Samara Miranda (Clube do Remo)

A delegação azulina deixa Belém nesta quinta-feira (22/08) rumo ao principal jogo do ano – até dos últimos anos. O confronto deste sábado (24/08) contra o São José (RS), em Porto Alegre (RS), define se o Clube do Remo vai poder brigar pelo acesso para a Série B para o ano que vem.

O técnico Rodrigo Santana, que concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (21/08), falou longamente sobre o jogo, dos problemas que o Leão terá na capital gaúcha pela dificuldade que será no estádio Passo D’Areia, que vai além das péssimas condições do piso artificial do local. O treinador remista destacou a qualidade do adversário e o quanto os clubes gaúchos tiveram problemas na temporada.

“A diferença é muito grande, porque a bola fica viva, ela corre muito, fica muito mais rápida. O campo de lá é diferente (do gramado sintético do Ceju) por ter mais borrachinhas pretas que chegam, às vezes, até a mudar a direção de um passe. O campo do Ceju é até muito bom, porque tem bastante grama sintética. Lá, no campo de São José (RS), a grama é mais ‘ralinha’. O Ceju vai ajudar a nos familiarizarmos um pouquinho melhor com o domínio da bola, mas a gente ainda encontra muita dificuldade para fazer esse jogo, que é muito decisivo”, afirmou.

Mesmo sem “pôr a carroça na frente dos bois”, Santana também comentou sobre a busca por reforços. Se o Remo passar de fase, seguramente o clube irá atrás de contratações pontuais, de jogadores que cheguem em condições de estarem em campo para ajudar na busca pela Série B.

A seguir, alguns dos principais trechos da coletiva do treinador azulino.

“É evidente que todo clube precisa se reforçar e o Remo não é diferente. A gente, tendo essa possibilidade de fazer um grande jogo, classificando, é inevitável que a gente busque (se reforçar). Aliás, a gente vem buscando e encontrando dificuldades nas contratações, mas temos um baita executivo aqui que é o (Sérgio) Papellin, que tem uma experiência muito grande, que nos dá um respaldo enorme, que vive o nosso dia a dia, até nos momentos ruins, passa essa confiança para os jogadores e que sempre está atento ao mercado”, disse.

“Passando de fase, os jogadores que estão sendo contatados se animam. Muitos não acreditavam em uma possível classificação do Remo pelo que a gente vinha vivendo. O mercado é muito agressivo e acredito que a gente passando de fase ficará mais fácil para a diretoria trabalhar. Ela vem trabalhando, todos se preocupam em fortalecer a equipe. A gente sempre busca jogadores. Em campo, a gente vê que criamos um volume muito grande de jogadas, mas às vezes no último terço do campo falta aquela calma, aquela tranquilidade, o último passo. Se a gente conseguir encontrar no mercado jogadores com esse poder de decisão, que também sejam de grupo, vamos trazer”, apontou.

“Muitos jogadores (procurados) pediram para aguardar, tiveram propostas e acabaram indo para outros clubes. Enfim, a gente está muito feliz com os que chegaram, estão somando bastante e o grupo também absorveu muito bem a chegada deles. Todos estão bastante comprometidos. Temos um grupo muito bom, a gente tem um dia a dia tranquilo, então os jogadores que chegaram foi para somar. Tenho certeza que essa união vai contar muito nessa reta final”, apontou Santana.

O técnico falou ainda sobre os recém-chegados ao elenco azulino, casos do zagueiro Rafael Castro, do atacante Rodrigo Alves, do lateral-esquerdo Sávio e do volante Bruno Silva.

“Foram jogadores que chegaram discretamente e somaram muito. Existe um período de adaptação a uma forma de jogar, à nossa intensidade, ao nível de pressão de um público. Sempre demora um pouquinho. A gente vê, por exemplo, que o Rafael (Castro, zagueiro) chegou praticamente jogando e também é um cara muito de grupo. O Bruno (Silva) é bastante experiente, assim como o Sávio. Então, são jogadores que chegam e estão mais adaptados. Rodrigo (Alves) conseguiu um gol e agora ficou um pouco mais tranquilo, mais leve. Ele vem treinando muito bem também. Acho que vieram para somar no momento certo, foram jogadores que acreditaram no projeto”, defendeu.

Rodrigo Santana mostrou atenção especial ao desdobramento dos jogos da rodada final da 1ª fase, que vão definir os últimos classificados para o quadrangular da Série C.

“Minha maior preocupação é o nosso jogo. Tem 4 clubes brigando por 2 vagas, sendo que Náutico (PE) e Figueirense (SC), assim como a gente, jogam fora de casa. Acredito que Londrina (PR) e Náutico (PE) vai se definir após o primeiro tempo, porque eles podem empatar e os dois se classificarem com uma combinação de resultados. Então, temos que focar na gente, fazer nosso resultado e não esperar muita coisa do jogo dos demais. Se a gente parar muito para pensar, eles podem fazer um jogo de empate. Tem 3 clubes muito atentos a esse jogo e a gente vai ter que tomar todo tipo de atenção. Vamos tentar propor nosso jogo, mas se percebermos que não vai ser com a bola no chão, teremos que achar outro jeito para sairmos de lá classificados”, falou.

O técnico remista observou como deve ser o comportamento do time gaúcho, já rebaixado com algumas rodadas de antecedência, que sofreu com a situação climática que atingiu o Rio Grande do Sul.

“Estou muito alerta e com muito respeito ao São José (RS). O clube foi vítima de uma grande tragédia que aconteceu e qualquer jogo fora de casa era uma viagem de no mínimo 8 horas de ônibus, então isso dificultou bastante também a logística deles. Eles foram bastante prejudicados dentro dessa competição. O São José (RS) acumulou jogos com viagens longas, isso fez com que os resultados não viessem, mas é um time bastante competitivo, que embora não tenha conseguido permanecer na Série C, ainda tem sonhos e tem projetos, com a chegada do (técnico Rogério) Zimmermann, que também é um bom treinador”, começou.

“Eles (São José-RS) têm projetos da Copa Gaúcha, então não é uma equipe que foi eliminada da competição e não tem mais nada para o ano, muito pelo contrário. O projeto deles agora é a competiçã9 que dá vaga à Copa do Brasil. É um time que vem motivado”, alertou.

Santana frisou que a semana foi dividida entre treinamentos físicos e táticos com estudos sobre o adversário.

“A gente está analisando. Vamos fazer análises de vídeo do adversário e ver o que consegue construir para um jogo onde a bola vai estar muito viva, com muitas jogadas aéreas. Qualquer falta na frente, do meio-campo para a frente, será bola alçada na área. Nosso domínio é um equipe que está altamente preparada para esse tipo de jogo, de analisar o adversário. Vai ser um jogo que vai exigir muito da nossa atenção e da nossa concentração”, encerrou.

O Leão volta a campo neste sábado (24/08), a partir das 17h, para enfrentar o São José (RS), no estádio Passo D’Areia, em Porto Alegre (RS). O jogo é válido pela 19ª rodada da Série C e terá transmissão ao vivo pela DAZN. Clique aqui para fazer sua assinatura agora.

Diário do Pará, 22/08/2024

2 COMENTÁRIOS

  1. Marcar pressão na saída de bola, sufocar o adversário e jogar como time grande. O leão é quem precisa da vitória.

  2. A credito que nosso técnico e demais analistas do Leão estão focados nos duelos que o São José fez no campo onde será realizado o duelo São José X Remo. Para conhecer o potencial do São José terão de analisar apenas os duelos que o São José realizou com seu Time atual no seu campo com gramado sintético.

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