O Remo voltou à Série B do Brasileirão e teve nos pés de Jaderson um refúgio nesta Série C. Em entrevista concedida esta semana, o jogador falou de tudo o que ocorreu com o elenco na temporada e toda a emoção de presenciar o Mangueirão com mais de 50 mil pessoas, acesso, festa e o Remo de volta à Série B.
O último final de semana foi de extrema alegria aos azulinos da cidade, que fizeram uma linda festa tanto no estádio, mas como em toda Belém e principalmente na Doca, principal palco das comemorações do torcedor paraense. Para Jaderson, foi um momento único.
O jogador citou ainda bastidores, conversa com o presidente Tonhão, proposta do Paysandu e fez questão de revelar qual técnico foi mais importante na sua trajetória no Leão.
Jaderson falou sobre a importância do presidente Tonhão no processo do acesso, da forma como ele foi tratado durante a temporada e citou o apoio que teve do presidente em ano conturbado, mas que terminou de uma forma mágica.
“Foi uma pessoa que sempre me apoiou. Quando conquistamos o acesso, a primeira pessoa que abracei foi o Tonhão, que é um cara que batalhou, que injustamente sofreu muito no começo do ano, mas que tem um coração puro, ajudou todo mundo. Ele merece muito”, disse.
Durante a temporada, alguns clubes gostariam que Jaderson deixasse o Remo e um deles foi o Paysandu, maior rival azulino. O meia-atacante falou de como foi essa procura, detalhou conversas e afirmou que o desejo sempre foi permanecer no Baenão, além de ter recebido mensagens ofensivas de torcedores azulinos, que pensavam que ele iria “atravessar”.
“Teve sim, um contato. Eles já tinham falado com o Athlético (PR) e com meu empresário, mas antes tinham falado comigo. Levei a situação naturalmente, não “balancei” com a proposta. Não era desejo meu jogar no Paysandu, com todo respeito, que é uma grande equipe. Foi uma semana muito turbulenta, muitos falavam que eu iria sair, recebi comentários ofensivos, falaram até que errei o pênalti (no Re-Pa da semifinal da Copa Verde) de propósito. Bati como treinava e o goleiro foi feliz em fazer a defesa”, falou.
Jaderson revelou que teve possibilidades de deixar o Remo e que recebeu propostas de outros clubes, mas que a forma como foi recebido no Baenão, os funcionários e o ambiente fizeram ele recusar todas.
“O que me fez querer ficar no Remo foi o desejo, a gana de querer vencer, a torcida, as pessoas que trabalham aqui, o ambiente maravilhoso. Além do Paysandu, ao longo do ano recebi muitas propostas de saída. Quando abriu a janela de transferência também, mas o que me fez ficar foi o desafio de colocar o Remo onde ele merece. Não iria sair daqui para um lugar que teria que começar uma nova história, sendo que que aqui estava feliz. Você precisa estar onde você é feliz, então estava feliz aqui e quis ficar. Não mudaria nada do que fiz no começo do ano”, falou.
“Meu contrato com o Athléetico (PR) vai até o fim do ano, então ficarei livre. Estamos muito bem nas conversas (com o Remo) e vem muitas coisas boas aí. Tenho vontade de ficar aqui, sempre falei que o meu desejo é permanecer. Desde que cheguei aqui, comentei para todos, falei com o (executivo Sérgio) Papellin também”, contou.
O jogador sempre foi um “faz-tudo” em campo e atuou em diversas posições pelo time remista. Ele falou da sua facilidade em entender o jogo e até deixou um aviso para o goleiro Marcelo Ragel se preocupar, que se for preciso, assume também o gol azulino.
“Não gostaria de atuar, mas ainda não joguei no gol ainda. Graças a Deus, não precisou, ninguém foi expulso e isso está de boa, mas se precisar…”, brincou.
“Isso é uma versatilidade minha, tenho facilidade de jogar em qualquer posição, mas estou feliz e onde o treinador me colocar vou atuar, vou dar meu melhor, sempre buscando o melhor da equipe, como foi contra o São Bernardo (SP), que pude dar um passe para o Ytalo”, falou.
Na atual temporada, o Remo teve 3 comandantes. Começou com Ricardo Catalá, em seguida veio o paraguaio Gustavo Moríngo e, por último, Rodrigo Santana. Para Jaderson, o primeiro foi o mais importante nesse processo em que esteve no Remo e falou seus motivos de ter escolhido o ex-comandante azulino.
“O treinador mais marcante foi o cara que me trouxe para cá (Ricardo Catalá). Foi que acreditou em mim, que me colocou desde os primeiros jogos na posição que mais atuei na temporada, que foi de volante. O cara mais marcante foi o que me ajudou, mas todos que passaram aprendi alguma coisa. Todos deixaram o seu legado, mas o que mais marcou foi o que me trouxe, foi o Catalá, que acreditou em mim, ele e seu auxiliar. Desde que me ligaram nas férias e perguntaram se eu acreditava no projeto. Foram marcantes na minha carreira”, apontou.
“Rodrigo Santana foi um cara muito importante nessa reta final para nós. Desde que chegou, fez com que a gente acreditasse em nós mesmos, no nosso potencial. Ele acreditou nos jogadores que estavam aqui e sabia que poderíamos entregar algo a mais, mas não estávamos entregando. Ele deu apoio para todos”, comentou.
Confira abaixo outros trechos da entrevista:
Jaderson em outra versão
“Todo mundo sabe que sou muito tímido. É muito difícil eu ser falante, ser de resenha. Sou um cara na minha, fechado, até no dia a dia os caras pensam que sou ‘perna’, sou muito ‘mala’, mas esse é o meu jeito de ser, quieto e na minha. Sou também meio ‘bipolar’ às vezes. Tem dias que falo com todo mundo, outros não falo com ninguém. Aquele momento (em cima do trio elétrico, na festa do acesso), foi um momento feliz. Conseguimos isso, me distraí, foi natural”.
Festa na Doca
“Nunca tinha vivido isso na minha vida. A última vez que tive isso foi quando fui campeão da Copa Sul-Americana, em 2021 (com o Athlético-PR), mas o torcedor do Remo mereceu. No estádio, todos estão ali, mas e quem não tem ingresso? Então esse momento foi para aqueles torcedores que são apaixonados pelo clube, mas que não puderam ver nós, jogadores, e tiveram esse privilégio”.
Resenha
“Os bastidores foram momentos de alívio para nós. Nosso vestiário sempre foi descontraído, sempre fechado, unido, ninguém saiu do lugar e fomos unidos. Temos um grupo muito bom e isso fez o ambiente feliz, sendo na Doca, onde fomos comemorar, no campo, que foi maravilhoso. Todos acreditaram na gente, o torcedor. Na Doca, não tem o que falar”.
Penteado
“Sou um cara que sempre pintei o cabelo. Chegava final do ano, pintava o cabelo. Aí cheguei aqui (no começo da temporada) com o cabelo branco e fui deixando, sempre pintando. Foi o primeiro ano que deixei o cabelo pintado foi esse, foi superstição”.
O Liberal.com, 06/10/2024
Jaderson, P. Vitor e Pavani ( q me surpreendeu e queimou a minha lingua) são jogadores d nível de série B, mas somente se eles estiverem nos cascos, tinindo na parte física, focados e incentivados. Tem, no começo da temporada, diferentemente desse ano, dar mta atenção a parte física do elenco para q cheguem no início da B no auge físico.
São 3 jogadores que acho eu,emplacam na equipe que disputará a série B;Marcelo Rangel,pode tbm explicar,veio da série A,portanto,pode ser!!
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