Jogadores remistas realizam atividade física – Foto: Raissa Gonçalves (Clube do Remo)
Jogadores remistas realizam atividade física – Foto: Raissa Gonçalves (Clube do Remo)

Em entrevista ao repórter Paulo Caxiado, em seu festejado programa “Conversa com o Leão”, na Rádio Clube, o presidente Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, admitiu que trabalha com a ideia de uma folha salarial em torno de R$ 3 milhões para o Remo na Série B em 2025.

Com um gasto mensal de R$ 1,2 milhão em salários na Série C deste ano, o clube avalia que precisará dobrar os custos para se apresentar condignamente na Série B.

Uma estimativa perfeitamente dentro da realidade da competição e coerente com os planos azulinos de brigar pelo acesso à Série A.

Para ter condições de embalar esse sonho, o Leão terá primeiro que viabilizar uma receita suficiente para sustentar os gastos previstos. Na Série B atual, com exceção do Santos (SP), que tem um orçamento de Série A, os demais times que concorrem diretamente ao acesso têm folhas na faixa de R$ 2,5 milhões a R$ 5 milhões.

É o caso, por exemplo, de Sport (PE), Mirassol (SP), Vila Nova (GO), América (MG) e Ceará (CE). O Novorizontino (SP), que mantém disputa direta com o Santos (SP) pelo titulo da competição, é um caso à parte. Clube pertencente a investidores, trabalha com receita controlada e abaixo da média da competição, segundo estimativas da imprensa esportiva paulista, que indicam uma folha salarial inferior a R$ 1,5 milhão.

Mais do que o valor estimado pela diretoria, é importante observar o perfil dos jogadores que o Remo pretende contratar.

Gastar R$ 3 milhões pode elevar a força competitiva do time, desde que as contratações sejam certeiras e criteriosas – coisa que não ocorreu em sua última passagem pela Série B, em 2021. Nesse sentido, cresce a responsabilidade do técnico Rodrigo Santana – que renovou contrato – e do executivo Sérgio Papellin, diretamente envolvidos na busca pelos reforços.

Uma declaração do treinador acabou colocando na berlinda o nome do atacante Alexandre Pato, jogador que atravessa longa inatividade e que há muito tempo deixou de ser atleta. Ao falar para o podcast “Eh Noiz Queiroz”, Rodrigo comentou sobre jogadores que foram procurados pelo clube durante a Série C e não aceitaram vir jogar no Remo – Pato seria um deles.

Segundo o técnico, a nova condição azulina deve facilitar a busca por reforços. Espera-se, para o bem do Remo, que jogadores com o perfil de Pato não sejam priorizados, sob pena de tornar a projeção de gastos apenas um festival bizarro de dinheiro jogado fora.

Blog do Gerson Nogueira, 19/10/2024

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