O vice-presidente Milton Campos renunciou ao cargo na manhã desta quinta-feira (28/11). O dirigente afirmou que a decisão foi tomada por “questões particulares” e destacou que não houve “nenhum problema no clube”.
Milton Campos ocupava a vice-presidência do Remo há pouco menos de um ano. A chapa liderada pelo presidente Antônio Carlos Teixeira, o Tonhão, venceu as eleições do ano passado. Antes disso, o azulino foi presidente do Conselho Deliberativo (Condel).
“Saio da gestão do Tonhão, mas não saio do Remo. Continuo sócio, acompanhando de perto e, se necessário, estou à disposição para ajudar novamente. Contudo, desta diretoria, é um ponto final. Não há retorno, nem desfazimento dessa decisão. Agora, como torcedor, sei que há momentos em que o coração fala mais alto”, declarou.
Milton começou a atuar na direção do clube há cerca de 10 anos, logo após o time perder a final da Copa Verde para o Cuiabá (MT). Além de ter passado pelo Conselho Deliberativo da equipe (Condel), o advogado também esteve à frente do Departamento Jurídico e de outros setores até chegar à vice-presidência.
“Faço um balanço de 10 anos de atuação no Remo. Entrei no clube após a tragédia da Copa Verde e, graças a Deus, conseguimos o acesso na Série D. Depois disso, o clube passou mais alguns anos na Série C. Estive à frente do Departamento Jurídico e conseguimos resolver as dívidas trabalhistas do clube, algo que me dá muito orgulho. Depois, fui presidente do Conselho Deliberativo. Foram 10 anos de dedicação total”, destacou.
Segundo o agora ex-vice, o cargo exige muito mais tempo de dedicação do que ele pode oferecer ao time no momento e, por isso, decidiu renunciar e abrir espaço para que alguém com disponibilidade possa seguir o trabalho.
“Hoje, percebo que não tenho o tempo que o clube necessita e sou humilde o suficiente para deixar o espaço livre e permitir que alguém do Conselho Deliberativo assuma. Minha vida particular me impede de ser a pessoa que o clube precisa neste momento”, afirmou o advogado, que ainda destacou que não houve qualquer briga ou desentendimento com a diretoria do clube e que a decisão foi inteiramente pessoal.
“Deixo a política do clube e volto para a arquibancada. Este foi um ano de muito aprendizado e conquistas. Levarei comigo uma imensa gratidão por tudo o que aprendi. Não tenho nada a reclamar e saio apertando a mão do presidente, mas a vida exige escolhas e preciso priorizar minha família e assuntos pessoais”, completou.
Em nota, o Remo confirmou a saída do vice e confirmou que “ao presidente Antônio Carlos Teixeira ele agradeceu pela oportunidade e aprendizado neste período, desejando bençãos, proteção e sucesso na continuidade do trabalho”.
Apesar de não ter tido desentendimento com o presidente Tonhão, no início da temporada, houve uma divergência entre os dois sobre a permanência do então técnico Ricardo Catalá. Na época, Milton chegou a dizer que a decisão de manter o treinador foi tomada apenas por Antônio Carlos e que ele não havia participado da reunião que tratou sobre o assunto. Milton revelou que, na época, houve um “arranhão” na forma de tratar o caso.
“Ficou, no entanto, um arranhão em relação a um episódio. Sempre fui muito verdadeiro e houve uma reunião da qual não participei, mas ficou a impressão de que estava presente e me posicionando contra a permanência do treinador. Quero deixar claro que nunca disse isso. Acho que treinador não desaprende e o Catalá é uma excelente pessoa, mas acredito que há momentos em que as coisas deixam de funcionar e mudanças precisam ser feitas. Achava que ele não tinha mais forças para realizar essas mudanças”, disse o azulino.
“Foi uma questão tranquila, até porque minha amizade com ele é grande e não houve problemas pessoais. Talvez tenha havido uma falha de comunicação da minha parte. Hoje, agiria de forma mais política e ponderada”, ponderou Campos.
Por fim, o agora ex-vice azulino agradeceu o apoio da torcida do Remo e exaltou o trabalho da atual gestão, que conseguiu levar o Leão ao acesso à Série B do Campeonato Brasileiro.
“Destaco o mais importante: o torcedor, que nunca nos abandonou. Também ressalto a resiliência do presidente em conduzir o clube diante de tantas dificuldades, além da ‘virada de chave’ que o Rodrigo (Santana, atual técnico) conseguiu implementar no elenco, trazendo novas funções táticas. Por fim, destaco o Glauber (Gonçalves, vice-presidente) e o (executivo Sérgio) Papellin, que formaram uma dupla extremamente presente e dedicada”, concluiu.
O Liberal.com, 28/11/2024
Chama ninguém não para subistituir….com o novo CEO mais o diretor executivo Pappellao, a comissão técnica e o Pai Santana já dão conta do recado. Gestão profissional e não amadora.
Acho que estava muito bem acostumado com a tranquilidade ! Se não segura melhor sair mesmo