A classificação do Remo para as semifinais da Taça Estado do Pará não ocorreu da forma que o torcedor do Remo esperava. A equipe conquistou 9 pontos nas primeiras três rodadas do segundo turno, mas logo em seguida engrenou uma sequência de três derrotas consecutivas só quebrada pelo triunfo por 1 a 0 sobre o Águia de Marabá, na quinta-feira passada.
Campanha que fez o aproveitamento remista cair de 72,7%, no primeiro turno, para 66,7% dos pontos disputados ao longo do Parazão. Por isso, o time azulino vê no duelo contra o Paysandu a chance de reagir na competição. Para tanto, será fundamental começar o mata-mata com uma vitória, no próximo sábado, no Mangueirão. Resultado que inverteria a vantagem do empate no segundo e decisivo jogo do confronto.
O mau retrospecto evidencia uma dificuldade do time azulino, que vem desde o início da temporada. Mesmo quando jogou no esquema 3-5-2, com um maior número de jogadores no meio de campo, o Remo teve sérios problemas na manutenção da posse de bola e na capacidade de trocar passes.
Para corrigir o problema, o técnico Flávio Araújo já tentou quase tudo. Trocou o esquema tático, passando para 4-4-2, com dois homens de ligação no meio, e até esboçou uma formação com três volantes. Até agora, porém, nada funcionou. Tanto no desastroso Re-Pa do segundo turno quanto nas derrotas diante de Paragominas e São Francisco, a equipe remista teve menos posse de bola do que seus adversários e foi agredida na maior parte do tempo.
A má fase do meia-atacante Thiago Galhardo, que tem sido acusado de jogar de forma excessivamente individualista, também tem contribuído para agravar este problema. Como se não bastasse, o fraco desempenho do meia também tem afetado a principal característica do time no primeiro turno: a velocidade no contra-ataque. Desde a vitória sobre o Cametá, na terceira rodada, o Leão tem encontrado dificuldades em encaixar bons contragolpes, algo que era comum até então.
Por isso, especula-se que o treinador poderá testar já contra o Flamengo (RJ), nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil, uma formação com Clebson ou Diogo Capela no posto do titular. Isso no caso de Araújo optar por um time no esquema com três zagueiros.
Diário do Pará, 01/04/2013