Os torcedores mais antigos do Clube do Remo não esquecem o dia 25/10/1975. Naquele dia, o Remo pousava no Rio de Janeiro para uma noite histórica ao enfrentar o Flamengo (RJ) no Campeonato Brasileiro. O Rubro Negro tinha em sua onzena craques como Zico, Júnior, Rondinelli e Rodrigues Neto. A imprensa carioca dava a vitória flamenguista como certa, porém, os azulinos Mesquita e Alcino calaram a todos em pleno Maracanã. Não à toa, os autores dos dois gols da vitória de 2 a 1 em cima do time de Zico, se tornaram eternos ídolos da torcida do Leão Azul, por diversos outros feitos ao longo da história do clube.
Apesar da derrota para o Remo, cinco anos mais tarde, essa mesma base de jogadores começaria a escrever seus nomes na história de títulos nacionais e internacionais conquistado pelo time da Gávea: em 1980, o primeiro dos seis títulos do Brasileirão; em 1981, o Mundial de Clubes, um dos mais importantes. Em comum entre as duas equipes, dois fatos: a paixão de suas fanáticas torcidas e a alcunha de “Mai Querido”.
Porém, os anos se passaram e não foram generosos. São dois times com torcidas imensas, feitos históricos, mas com um momento atual em que os fãs torcem para que passe logo. Esse é o cenário em que Clube do Remo e Flamengo se reencontram logo mais à noite, às 22h, no Mangueirão, na estreia de ambos na Copa do Brasil 2013.
De um lado vem um Leão que luta até por uma vaga na Série D. Do outro, um Urubu com uma asa quebrada pela amargura de dois anos sem títulos nacionais e, sobretudo, pela péssima campanha no Campeonato Carioca 2013 – vem de uma derrota e está praticamente sem chances de classificação.
Jogadores e comissão técnica azulina pregam o respeito e apostam na sequência de reabilitação iniciada na última rodada do Paraense. Já os Rubro-negros, mesmo sem grandes estrelas, concentram todas suas forças na Copa do Brasil para reerguer-se e pregam a união. Hoje, é dia de ver qual dos Mais Queridos ainda é mais forte.
Diário do Pará, 03/04/2013