Depois de quatro anos de fracasso no Campeonato Paraense, a diretoria do Clube do Remo precisava fazer o torcedor do Leão acreditar que o ano de 2013 seria diferente, que o elenco seria outro, mais seguro e comprometido. Para dar esse sopro de ânimo na comunidade azulina, diretores buscaram um dos técnicos mais badalados dos últimos tempos nas redondezas: Flávio Araújo.
Com três acessos seguidos no currículo por diferentes equipes, Flávio chegou ao Baenão como grande nome para mudar o rumo da história. O último feito do treinador era o que mais chamava atenção: foi campeão do Brasileiro da Série D 2012 pelo Sampaio Corrêa (MA) de maneira invicta – o mesmo certame que o Leão luta para ao menos participar.
O plano da diretoria é evidente: ser campeão paraense 2013 e aproveitar toda a experiência do “Rei do Acesso”, como Flávio ficou conhecido no mercado da bola, para levar o Remo de volta à Série C, no primeiro ano de participação na Série D, como autêntico campeão paraense.
Porém, no decorrer do campeonato, foi ficando claro que existia um vácuo entre Sampaio e Remo: pressão. Flávio talvez ainda não tivesse sentido tanta pressão no comando de uma equipe. Depois de começar bem, a primeira derrota no Re-Pa serviu para mostrar que nem tudo eram flores no Baenão. A falta de um esquema tático definido, de um autêntico camisa 10 e um meio de campo eficiente foram as principais mazelas encontradas no time.
Inclusive, na terceira derrota consecutiva, que por pouco não custou a classificação para o quadrangular do segundo turno regional, Araújo pensou em entregar o cargo. A pedido dos jogadores e diretores, ficou. Ainda tentando dar a melhor formatação à equipe, o técnico remista chega à final de hoje sob a mesma aura com que pisou em Belém pela primeira vez: esperança.
Diário do Pará, 05/05/2013