O dia seguinte ao jogo que culminou com a eliminação do Remo foi de solidão no Baenão. Embora não faltassem manifestações, nas redes sociais, nas ruas e mesmo nas arquibancadas da Arena Verde, a recepção do grupo azulino na reapresentação nesta segunda-feira foi tranquila – o Baenão estava vazio.
“Adiamos o retorno da delegação a Belém para evitar confrontos com a torcida, que também estava retornando de madrugada para a cidade. Haviam muitos torcedores alterados”, disse o diretor de futebol do clube, Maurício Bororó.
Na chegada ao Baenão, o único atleta que aceitou conversar com a imprensa foi o atacante Branco. Ainda se mostrando bastante abalado com o resultado e tendo dificuldades até para concluir as frases, Branco afirmou que estava dando a entrevista em respeito ao torcedor. “A torcida apoiou desde o começo, fez sua parte. Acredito que eles merecem uma palavra do grupo”, afirmou o atacante.
Para Branco, o aspecto emocional pesou contra o time do Remo. “Tínhamos 90 minutos nos separando do título e, depois do primeiro tempo, só precisávamos manter o resultado por mais 45. No momento em que saiu o primeiro gol, isso desmoronou e cada minuto se tornava uma agonia. Cheguei a fazer um gol, faltando 3 minutos para o fim do jogo, mas estávamos tão afoitos que tivemos uma falta de ataque e, no rebote, eles fizeram a jogada que resultou no terceiro gol”, disse.
Diário do Pará, 07/05/2013
