Tristeza e melancolia. Esse é o cenário do Baenão desde a queda na final do segundo Turno do Campeonato Paraense. Sem programação de treinos, o estádio azulino é destino apenas de jogadores que ainda fazem tratamento no Departamento Médico e de quem deixou algum pertence por lá. Ontem, parte da comissão técnica do Remo esteve na Toca do Leão para apanhar objetos pessoais. Wellington Recife, preparador de goleiros, e Pedro Pinheiro, preparador físico, deram as caras na Toca do Leão, mas preferiam não dar entrevista, apenas se despedido dos profissionais de imprensa.
Ovos quebrados foram encontrados nas dependências do estádio, arremessados por torcedores envergonhados com o atual momento do clube, mas foi só. Os torcedores do Leão parecem não ter mais nem ânimo para protestar. O zagueiro Zé Antônio, ainda se recuperando de uma catapora, o volante Tony e os meias Diogo Capela e Endy também estiveram por lá para apanhar seus pertences.
Endy, que machucou o tornozelo na final do segundo tempo contra o Paragominas, foi o único a falar com os jornalistas. O jogador pediu desculpas à nação azulina.
“Só resta pedir desculpas pelo nosso fracasso. Nem diretoria, nem comissão técnica têm culpa pela perda do título. A culpa é só nossa, dos jogadores, que não conseguimos fazer o futebol render no jogo mais importante do ano. Agora, é erguer a cabeça e seguir em frente”, afirma Endy, que tem contrato com o Remo até final de junho e aguarda chamado da diretoria azulina para decidir o seu futuro.
O técnico Flávio Araújo não falou com imprensa à respeito do fracasso e, segundo informações, deixou a capital paraense na madrugada de ontem.
Diário do Pará, 08/05/2013