A relação entre a diretoria do Remo e a torcida do clube não está nada boa. Depois de mais um fracasso dentro de campo, com a eliminação no Campeonato Paraense e perda da vaga na Série D do Brasileiro – que só poderá vir pela desistência de terceiros -, a paciência da nação azulina parece ter chegado ao seu limite.
Nos últimos dias, integrantes da Assoremo (Associação de Sócios do Clube do Remo) e outros grupos de torcedores remistas, espalham pelas redes sociais milhares de convites a outros torcedores para realizarem um protesto contra a administração do clube na tarde de hoje, às 17h, em frente à sede social do clube, na Avenida Nazaré. A expectativa dos organizadores da manifestação é para que ao menos 2 mil pessoas compareçam ao ato público.
Receosa de que a manifestação que está sendo articulada por parte da torcida coloque a segurança dos seus associados e funcionários em risco, a direção do Remo já solicitou reforço da Polícia Militar para a sede social do clube. Além disso, o número de seguranças particulares em suas instalações será bem maior do que o usual.
Os torcedores questionam sobretudo a falta de transparência da administração do Remo, a política de contratação de jogadores e cobram, desde o ano passado, a adoção do voto direto para as eleições presidenciais da agremiação. Uma exigência prevista no Estatuto do Torcedor. Atualmente, os sócios do clube só podem eleger os membros do Conselho Deliberativo (Condel). Apenas estes é que votam para escolher o presidente do Conselho Diretor (Codir).
A mudança no regime eleitoral depende da aprovação do novo Estatuto do clube em Assembleia Geral de sócios, que deve ser marcada por determinação do presidente do Condel, Manoel Ribeiro, somente para o segundo semestre. Os manifestantes vão exigir a antecipação desta convocação para o início de junho.
O Liberal, 22/05/2013