Reis
Reis

Quase um ano após deixar o Baenão, o meia-atacante Reis voltou a vestir a camisa do Remo. Jogador criado nas categorias de base do Leão Azul, ele garante ter voltado ao clube de origem bem mais maduro. Afinal, vestiu a camisa de dois clubes diferentes no período em que esteve longe da torcida remista.

“Posso dizer que estou retornando mais maduro do que quando saí. Pude conhecer a estrutura de um clube que estava disputando a Série A, que foi o Atlético (GO), e aprendi muito sobre profissionalismo enquanto estive por lá. Agora, na volta ao Remo, quero usar esse amadurecimento para reconquistar meu espaço no clube”, declarou o jogador.

Destaque do Remo no Campeonato Paraense do ano passado, Reis jamais conseguiu conquistar integralmente a confiança da torcida azulina. Apontado por muitos torcedores e até parte da crônica esportiva como um jogador extremamente individualista e “mascarado”, o meia remista diz estar pronto para enfrentar novas críticas neste retorno.

“Uma das coisas que aprendi jogando em um clube de Série A foi a encarar as críticas como uma coisa normal na carreira de qualquer jogador. Antes, quando ainda estava aqui no Remo, sentia muito a pressão da torcida e da imprensa e qualquer crítica mexia muito comigo. Agora, pelo contrário, aprendi a tirar só o que tem de bom das críticas e deixar o que tem de ruim de fora”, explicou.

A respeito do futebol individualista que caracterizou seu início de carreira no Leão Azul, Reis garante também ter aprendido a jogar de forma mais coletiva durante sua passagem pelo clube goiano. No entanto, ele faz questão de deixar claro que não pretende abandonar por completo os dribles e as jogadas individuais.

“É claro que o time tem que estar sempre em primeiro lugar, mas não posso deixar de lado as minhas características. O professor Edson Gaúcho, quando passou pelo Remo no ano passado, sempre me dizia uma coisa que sempre vou guardar comigo. Ele dizia que jogador não tem que se preocupar em agradar à torcida mas, sim, em agradar ao treinador. Por isso, tinha que jogar do jeito que ele me pedia”, lembrou.

O jogador lamentou da fato de ter voltado ao Remo justamente em um momento tão complicado, com a equipe fora de qualquer divisão do futebol brasileiro e com um semestre inteiro de ostracismo pela frente.

“Já passei por uma situação dessas aqui no Remo e sei como é ruim ficar fora do Campeonato Brasileiro. Por isso, torço muito pra diretoria conseguir a vaga na Série D. Se não der, tenho que esquecer isso e trabalhar duro para conquistar a confiança do (técnico) Charles Guerreiro e um lugar no time titular dele”, projetou Reis.

Amazônia, 03/06/2013