Nova diretoria remista foi apresentada no Baenão
Nova diretoria remista foi apresentada no Baenão

Se por um lado a confirmação dada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de que o Clube do Remo não disputaria a Série D deste ano não chegou a causar surpresa em alguns torcedores, por outro a atitude do presidente Zeca Pirão de abrir a gestão do Leão Azul para o ingresso de antigos críticos pegou muita gente de surpresa.

O advogado Thiago Passos, ex-presidente da Associação de Sócios do Clube do Remo (Assoremo) e atual diretor de futebol do clube diz que a iniciativa de Pirão é louvável. “É importante destacar que nunca fomos contra a presidência do clube. O que sempre fomos contra, e ainda somos, é contra um modelo de gestão e é em busca dessa mudança que aceitamos participar da gestão do clube”, esclarece o novo diretor.

Para o novo diretor, o choque de gestão começa com a quebra de um velho paradigma, que diz que para ser diretor de um clube grande é preciso usar o próprio dinheiro. “É preciso ideias e gestão. Quem trabalha com abnegação é time de pelada! O Clube do Remo é uma marca muito forte, com torcedores do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS), mas nos últimos anos a única forma que procurou utilizar sua marca para gerar dinheiro foi com os ingressos de arquibancada. O que é ínfimo. Nosso clube é viável comercialmente”, ressalta Thiago.

Para modernizar, clube precisa de mudanças em todas as áreas

“O Remo ainda se encontra na sua segunda geração de dirigentes, enquanto outros clubes com a mesma idade estão na quarta ou quinta”. É assim que o novo diretor do Departamento Comercial e Social do Remo, Stefani Henrique, enxerga o clube. Administrador, com MBA em Marketing e Planejamento Estratégico, ele apresenta como filosofia fortalecer o clube na sua parte social. “É fundamental que os torcedores passem a viver mais a vida do clube e, para isso, temos que nos certificar de que o clube ofereça ao seu associado a melhor qualidade naquilo que ele dispuser, como sua sede social, piscina, ginásios”, enumera.

Os falados “jogos-evento” são um projeto que ele defende e afirma que devem somar cerca de três a quatro até o final do ano. Segundo o diretor, o clube recebeu algumas propostas para jogar pelo interior do Estado, mas elas só serão aceitas se atenderem às exigências. “Que não ocorram em estádios sem condições. Campos sem alambrado, com cachorros circulando no meio do jogo, só vão comprometer a imagem do clube e integridade dos nossos jogadores”, avalia.

Peneirada

André Baía, formado em Educação Física com pós-graduação em Gestão Esportiva, é o novo diretor da base azulina. Também egresso da Assoremo, afirma que ainda está em discussão o projeto para o futebol amador azulino, mas que algumas situações críticas já foram apontadas. “É fundamental para começar um trabalho que as categorias de base dispunham de alguma estrutura exclusivamente para ela, como fisioterapeutas e médicos, coisa que atualmente não existe”, revelou.

O principal projeto, no momento, é voltar a realizar peneiras com jovens atletas do interior do Estado e criar condições para que eles possam vir para morar no Remo. “No momento, o clube não tem essa condição. Esperamos através de parcerias resolver esse problema”, revela André.

Diário do Pará, 22/07/2013