A atitude do zagueiro Yan, que se insurgiu contra a contratação de reforços para o time sub-20 do Remo, com vistas à disputa da Copa do Brasil da categoria, não deve ter maiores consequências para o defensor, além da bronca que levou dos diretores do Departamento de Futebol do clube. Esta é a opinião do vice-presidente de futebol remista, Henrique Custódio. O cartola acredita que o presidente Zeca Pirão deverá perdoar o atleta da multa salarial de 20% anunciada na semana passada.
“Pelo menos até a segunda-feira a multa estará mantida. No entanto, ela poderá ser confirmada ou retirada pelo presidente Zeca Pirão, que estava em viagem quando o episódio veio à tona. Acredito até que ele decida perdoar o atleta, mas isso só quem pode definir isso é o próprio Pirão”, comentou Custódio.
Na sexta-feira, o diretor de futebol Thiago Passos anunciou que o atleta seria punido com a multa pecuniária em virtude de suas declarações contestando as contratações do zagueiro Welington e do meia Beto, ambos do Holanda (AM), do lateral-direito Carlinhos, que veio por empréstimo junto ao JV Lideral (MA), além, do zagueiro Davi, do volante Raí e do meia-atacante William Fazendinha, todos cedidos pelo Santos (AP).
Yan disse que não entendia porque a direção azulina havia decidido trazer os seis atletas para reforçar o time no confronto diante do Vitória (BA), pela primeira fase da Copa do Brasil Sub-20. “A gente foi campeão (da Copa Norte Sub-20) e por isso não entendemos o porquê das contratações. A gente não aceitou muito bem isso, mas eles quiseram contratar e nós não tivemos o que fazer”, declarou o zagueiro.
Por conta disso, Yan levou um puxão de orelha dos dirigentes remistas, teve a multa em seus vencimentos anunciada e até correu o risco de ser afastado dos treinamentos por tempo indeterminado. Punições que foram defendidas por Thiago Passos. “Ele (Yan) teve uma postura indevida, falando o que não devia e para quem não devia. Não se pode fazer esse tipo de declaração para fora, pois acaba tumultuando o grupo e isso não toleramos”, argumentou.
Amazônia, 26/08/2013