Nos dias de hoje, além de revelar valores para o futebol profissional, as divisões de base têm se configurado numa fonte de receita importante a partir da negociação de direitos de atletas. Hoje em dia, a partir de 16 anos, um atleta pode assinar contrato como jogador profissional e ter multa rescisória estabelecida sobre seus direitos federativos.
Embora, historicamente, tenha formado muitos atletas nos últimos tempos, o Clube do Remo tem se notabilizado pelas dificuldades em segurar esses jogadores, perdendo muitos de forma gratuita para empresários e clubes de outras praças. É isso que a direção do clube está procurando evitar, por meio de contratos. “Estamos fazendo a coisa de forma 100% profissional. Não dá para permitir perder valores de graça como perdemos nos últimos anos”, afirma Andre Baía, diretor das divisões de base do Leão Azul.
Recém-ingresso no comando das divisões de base do clube, André destaca que a questão contratual foi um dos pontos sob o qual procurou ser mais incisivo. “Hoje estamos procurando regularizar a situação dos atletas desde o sub-17, porque estávamos perdendo os jogadores antes mesmo deles chegarem ao sub-20”, lembra André. O dirigente aponta a grande quantidade de atletas inscritos no Boletim Informativo Diário da CBF como uma demonstração desse cuidado.
Sabendo da visibilidade que esse grupo poderia ter com a Copa do Brasil, André afirma que a direção do clube procurou refazer os contratos dos atletas do clube com prazos mais longos para aqueles que já estavam por aqui. “Estabelecemos multa rescisória, mas também com previsão de aumento salarial, caso os atletas sejam aproveitados pela equipe principal. Não temos como dizer ao técnico como aproveitar (os jogadores), mas queremos deixar o grupo inteiro à disposição”, definiu Baía.
Diário do Pará, 06/10/2013