A eliminação do Remo pelo Criciúma (SC) veio com requintes de crueldade. Por determinação do juiz Jorge Antônio Ramos Vieira, da 13ª Vara do Trabalho de Belém, 50% da renda líquida do jogo foi bloqueada em favor de credores do clube. O Departamento Jurídico azulino tentou derrubar a medida com uma solicitação de providência enviada ao corregedor do Tribunal Regional da Trabalho da 8ª Região (TRT), Marcos Lousada, pedindo um novo acordo para quitação de seu passivo trabalhista.
“Nós tínhamos um acordo com a Justiça do Trabalho, que foi quebrado desde maio, quando ficamos sem renda dos jogos e dos patrocínios para fazer os repasses mensais estabelecidos. Dessa forma, esperamos interromper os bloqueios de renda e também o leilão da área do Carrossel, que está marcado para o dia 25/10 (sexta-feira). Nossa proposta é pagar R$ 80 mil por mês. Por isso, hoje (ontem) entramos com um pedido de providência ao corregedor e depositamos R$ 40 mil, sendo que já tínhamos depositado R$ 40 mil na segunda-feira”, explicou o advogado Pablo Coimbra.
O advogado esclareceu que o clube tem um prazo de 10 dias para fazer o depósito dos 50% da renda líquida da partida de ontem na conta indicada pelo titular da 13ª Vara Trabalhista de Belém. Nesse meio tempo, porém, Coimbra espera uma resposta positiva do corregedor do TRT sobre o proposto. “Nossa expectativa é que o corregedor aceite o acordo proposto até por uma questão de bom senso, já que sem as rendas dos jogos, o Remo fica impossibilitado de manter em dia os salários de funcionários e atletas”, argumentou.
Amazônia, 24/10/2013