A espera finalmente acabou. No final da tarde de ontem (02/01), no Baenão, o meia-atacante Thiago Potiguar foi oficialmente apresentado para a imprensa, com presença de toda cúpula azulina, incluindo o presidente Zeca Pirão, o diretor Henrique Custódio, o gerente Emerson Dias e o assessor da presidência Marco Antônio Magnata. Potiguar chega e a partir de agora cumprirá contrato de um ano, já à disposição do técnico Charles Guerreiro.
“O Thiago está aqui para somar conosco. A torcida nos cobrava muito se ele viria ou não, mas está aqui. Agora é por conta dele. Já começa a treinar amanhã (hoje)”, disse Zeca Pirão.
O contrato do atleta com o Jeonbuk Motors encerrou no último dia 31/12 e o vínculo com o Leão depende apenas da transferência de documentos entre o Corinthians (AL), que detém o passe do jogador, e o próprio Remo.
No discurso de apresentação, Potiguar falou sobre o desejo de vestir a camisa do Remo e até mesmo do apoio por parte da família, que torce pelo clube. “A minha esposa é daqui. Está grávida. Isso me dá mais motivação, pois a família sempre me apoiou. Eles são remistas e estou feliz por essa chegada. Não vejo a hora de entrar em campo, sei que a torcida não quer mais essa situação”, disse.
Muito embora tenha identificação com o maior rival, Thiago considera que a tradição do clube o convenceu a aceitar o desafio de jogar por mais uma grande força do futebol amazônico. “Foi a grandeza do Remo. A gente sabe que a situação não é das melhores, mas você tendo a força da torcida, a força da camisa, você tem toda capacidade de jogar. Como um amigo me falou, jogador bom tem que jogar em dois clubes grandes e foi isso que pensei”, afirmou.
Foi inevitável ouvir perguntas sobre a relação com o maior rival. Entretanto, Thiago Potiguar faz questão de lembrar que viveu bons momentos, mas deixou o Paysandu após ter se sentido ludibriado por algumas promessas do ex-presidente bicolor.
“Tive uma passagem pelo Paysandu e ele (Luiz Omar Pinheiro) sabe o que fez lá. Não cumpriu o que prometeu. Fiquei chateado porque até hoje levo a impressão de mercenário, pois muitos torcedores falavam que os salários estavam pagos, enquanto a gente carregava o time”, relembra. Do ex-clube, ele carrega uma boa afinidade com alguns atletas azulinos que passaram por lá, além do próprio técnico.
“Joguei com o Rodrigo Fernandes no Paysandu. Conheço o Charles Guerreiro, que foi meu treinador em 2010. Tem o Eduardo Ramos, que assisti a muitos jogos, porque na Coreia não tinha nada para assistir e eu olhava os canais daqui. Ele é um bom jogador, deixa os companheiros na cara do gol. Com certeza vamos nos ajudar”, crê.
Aos 28 anos, Thiago Potiguar acumula duas passagens pelo futebol asiático (Henan Jianye-China e Jeonbuk Motors-Coreia) e se diz muito preparado para jogar no Remo, independente da posição escolhida. “Quero jogar entre os onze, não importa onde seja. O Charles me conhece bem, sabe onde gosto de jogar. Vai depender de mim e dele”, encerra.
Diário do Pará, 03/01/2014