No Ceju, os atletas pararam para ter uma conversa com torcedores
No Ceju, os atletas pararam para ter uma conversa com torcedores

Na semana em que o Brasil discute a invasão violenta do CT do Corinthians (SP) por membros de torcidas organizadas do clube paulista, os jogadores do Remo viveram alguns momentos de tensão na manhã de ontem. Um grupo de integrantes das organizadas remistas conversou com o elenco azulino após o treino de ontem pela manhã, no Ceju (Centro da Juventude), anexo ao Mangueirão. A diretoria do clube permitiu a entrada dos torcedores e o bate-papo com os atletas. A “reunião” durou cerca de 20 minutos. Depois disso, os torcedores se retiraram e os jogadores foram embora de volta ao Baenão.

“Só recebemos o grupo de torcedores porque eles só queriam incentivar o time para o jogo de amanhã (hoje), contra o Cametá”, justificou o diretor de futebol do clube, Thiago Passos, que negou que a conversa tenha sido em tom de cobrança. “Foi uma conversa harmoniosa com os jogadores. A liderança da torcida presente no treinamento solicitou à comissão técnica e aos membros da diretoria que pudessem ter esse contato e demonstração de apoio. Não permitiríamos que no dia do aniversário do clube, algum tumulto pudesse manchar essa data”, complementou.

O meia-atacante Thiago Potiguar, por seu turno, revelou que houve sim cobrança por parte dos torcedores. “Eles pediram que o nosso time jogasse com mais raça, que desse o sangue dentro de campo pelo classificação nos jogos contra o Cametá, principalmente porque a partir de agora o campeonato vai ser no mata-mata e não têm espaço pra erro”, afirmou o jogador.

Já o zagueiro e capitão Rogélio, que volta ao time após duas partidas ausente, disse não ver qualquer problema em permitir a entrada de um grupo de torcedores no gramado, desde que tudo ocorra sem violência. “Acredito que é algo válido. A torcida faz parte do futebol e conversar não tem nada demais. Não sou contra a conversa, sou contra a agressão. O importante foi que os torcedores acompanharam todo o treinamento sem atrapalhar o trabalho. A única coisa que eles fizeram foi nos apoiar gritando palavras de incentivo. Depois que o treino já tinha acabado, eles vieram conversar normalmente com a gente”, ponderou.

Amazônia, 06/02/2014