Em débito com a torcida, por cinco temporadas sem título estadual e sem série nacional, o Leão faz estreia na Copa Verde sonhando com a Copa Sul-Americana 2015, focado também na decisão do primeiro turno do Parazão. É a temporada 2014 oferecendo desafios ao time azulino, montado em arrojado investimento e elevadas expectativas, no melhor estilo “ou vai ou racha”.
Além de contratar jogadores bem conceituados e melhorar as condições de trabalho, o Remo aposta também na assistência do psicólogo Jairo Vasconcelos para não repetir a queda de rendimento nos jogos decisivos, que frustrou a torcida nos últimos anos. O time atual tem o lastro de jogadores habituados a enfrentar pressão. Essa força emocional vai ser fundamental nos duelos decisivos da temporada.
Hoje, diante do Jacaré, o time não terá Eduardo Ramos, Alex Ruan, Zé Soares e Leandrão, quatro dos pilares emocionais. O Paragominas já se tornou um adversário místico para os azulinos, principalmente na Arena Verde, onde o Leão jamais venceu. No caso Paysandu, domingo, além da rivalidade, há uma incômoda escrita: 10 anos sem o Leão conquistar o primeiro turno estadual.
Na semana passada o Leão exorcizou o fantasma do Cametá, seu algoz em 2011 e 2012. Agora o alvo é o Paragominas, seu algoz em 2013, muito disposto a repetir o papel de carrasco dos azulinos nesta Copa Verde. Será?
[colored_box color=”yellow”]Ao poupar Eduardo Ramos, Leandrão, Alex Ruan e Zé Soares, a comissão técnica do Remo expressa confiança em Athos, Leandro Cearense, Rodrigo Fernandes e Ratinho. De fato, substitutos tecnicamente capazes de manter o nível da equipe e fisicamente prontos para renderem até mais que os titulares. Tudo indica que o jogo vai mesmo exigir maior esforço, pela probabilidade de chuva e encharcamento do gramado.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 13/02/2014
