Nacional-AM 2x2 Remo
Nacional-AM 2x2 Remo

Antes de a bola rolar entre Nacional (AM) e Remo, na inauguração da Arena da Amazônia, pelas semifinais da Copa Verde, sabia-se que o jogo ia ser dureza. O clube mandante não ia querer fazer feio logo na estreia de um estádio da Copa do Mundo.

O jogo começou e, de repente, o Remo abriu 2 a 0. Tudo parecia muito fácil. Ilusão. O Nacional (AM) apertou, fez o primeiro gol, depois empatou e tornou o jogo emocionante ate o final. O Leão se classificou para as semifinais e vai disputar uma vaga na finalíssima contra o Paysandu, que havia passado pelo também amazonense Princesa do Solimões no sábado.

O Remo havia empatado por 1 a 1 na partida de ida, no Mangueirão. Por isso, o time paraense acabou levando a classificação em virtude dos dois gols marcados fora de casa. O herói azulino foi o zagueiro Max, que também escreveu seu nome na história do novo estádio Vivaldo Lima, ao marcar os dois primeiros gols da Arena da Amazônia, um em cada lado do campo.

Agora, o Remo tem a Copa do Brasil pela frente. Na quarta-feira, às 22h, recebe o Internacional (RS), pelo jogo de ida da primeira fase da competição nacional.

Em campo, o Remo mostrou que ainda precisa de ajustes, mas se mantiver a postura adotada no primeiro tempo do jogo de ontem, vai para as semifinais com chances de, assim como o Paysandu, ser um dos principais candidatos a conquistar o título inédito e a vaga na Copa Sul-Americana de 2015.

O Leão conseguiu pressionar o Nacional (AM), atuando com uma formação mais ofensiva – atuou com dois volantes e dois armadores no meio de campo, abrindo mão do 4-3-1-2. Com Dadá e Ilaílson marcando forte, Athos e Eduardo Ramos se movimentavam com liberdade no setor ofensivo. Só faltou melhorar o último passe, que na maioria das vezes era interceptado pela zaga adversária.

Já o Nacional (AM), que teve muitas dificuldades para sair da marcação sob pressão imposta pelo time azulino, só conseguiu explorar os contra-ataques após os primeiros 20 minutos. Primeiro chegou com Dayson, que recebeu lançamento de Chapinha e chutou para fora. A melhor chance foi do artilheiro Fabiano. Aos 25′, o centroavante recebeu bola na entrada da área e bateu de canhota buscando o canto direito, mas o goleiro Fabiano fez grande defesa, salvando Leão Azul.

O primeiro gol da novíssima Arena da Amazônia foi mesmo do Remo e, curiosamente, de um zagueiro. Aos 32 minutos, Thiago Potiguar, que estava apagado no jogo, cobrou escanteio na medida para o cabeceio certeiro de Max: Leão 1 a 0.

Após o momento histórico, o Nacional (AM) sentiu o baque e o Remo cresceu ainda mais no jogo. Poderia até ter saído para o intervalo com uma vantagem maior, não fosse a anulação do gol de Eduardo Ramos, aos 40 minutos. O árbitro viu falta de Leandrão no início da jogada.

O segundo tempo começou com Remo e Nacional assumindo papéis invertidos. Precisando de dois gols para virar o placar, o time da casa tomou as ações do jogo e o Leão Azul passou a se defender com todas as forças. Nesses 45 minutos finais, o time azulino não conseguia encaixar seus contra ataques. Os amazonenses criavam muitas chances e o empate parecia questão de tempo.

Em mais uma jogada de bola parada, Diogo Silva cobrou falta da direita e Max, de novo, apareceu na área para fuzilar de cabeça, sem chances para Jairo: Leão 2 a 0.

Porém, quando o jogo parecia resolvido, o Nacional (AM) chegou ao empate. Primeiro com um chute cruzado de Jeferson Recife, que desviou em Max antes de entrar. Depois, com um golaço de Nando, que acertou uma bomba do meio da rua no ângulo direito de Fabiano.

Nos minutos finais, as duas equipes tiveram chances de marcar o terceiro gol. A melhor delas foi do Remo que, aos 46 minutos, teve Ted frente a frente com o goleiro do time manauara, mas o meia-atacante não teve segurança para tentar encobrir o goleiro e chutou em cima de Jairo.

Amazônia, 10/03/2014