Thiago Potiguar, Eduardo Ramos e Ratinho
Thiago Potiguar, Eduardo Ramos e Ratinho

Preocupado com o alto nível do Internacional (RS), Charles Guerreiro pensa e repensa a formação do meio de campo. Sem poder contar com a trinca de volantes, por causa da lesão de Ilaílson, o técnico azulino se diz em dúvida entre Athos e Ratinho, sem se referir a Rodrigo Fernandes, que já foi acionado algumas vezes como meia esquerda e que reforçaria a marcação.

O Remo precisa de um ponto de equilíbrio no meio de campo. Comprovadamente, com Athos e Eduardo Ramos o time fica devendo combatividade. Mesmo com três volantes, comete o pecado de dar espaço excessivo aos volantes adversários. Embora Charles não fale abertamente, deve estar considerando que Rodrigo Fernandes poderia resolver a questão, compondo o meio de campo com Dadá, Jhonnatan e Eduardo Ramos ou com Dadá, Jhonnatan e Athos.

A defesa e o meio de campo estão definidos com as mesmas peças que iniciaram o jogo de Manaus (AM), contra o Nacional (AM). Na defesa, Raphael Andrade casou bem com Max em uma dupla de zaga de ótima estatura, decisiva no jogo aéreo tanto defendendo como atacando. O ataque, porém, com Leandrão e Thiago Potiguar, está muito previsível. Um centroavante de pouca mobilidade e um velocista que se excede na individualidade.

Por tudo isso, o time azulino deverá depender muito dos avanços dos laterais Diogo Silva e Alex Ruan para furar o bloqueio do Inter, que deve estar planejado para contra-atacar, jogando nos erros do Leão. O terreno fofo do Mangueirão será um embaraço extra para os gaúchos, como eles próprios estão temendo e já tiveram uma prova ontem à tarde, quando treinaram em condições semelhantes na Curuzu. Se bem que os gramados do Rio Grande do Sul não estão tão diferentes neste início
de ano e as dificuldades vão afetar também os remistas, que levam a vantagem de já estarem adaptados.

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 12/03/2014