Warian Santos e Leandro Cearense
Warian Santos e Leandro Cearense

O técnico Agnaldo de Jesus comandou um trabalho intitulado por ele como “coletivo tático”. Cinco jogadores considerados titulares não participaram (Alex Ruan, Diogo Silva, Ratinho, Thiago Potiguar e Zé Soares), enquanto os demais tiveram uma manhã intensa de ajustes, já às vésperas do primeiro clássico Re-Pa, pela semifinal da Copa Verde, amanhã.

Diferente do antecessor, Agnaldo prioriza a reforma do time com a bola rolando. Charles Guerreiro não era muito adepto dos treinos táticos, enquanto Agnaldo deixa a bola rolar, mas paralisa as jogadas a cada erro visto. É dessa forma que ele pretende contornar a fase ruim e driblar um adversário que vem embalado após uma vitória de virada no Parazão. O time formou com Fabiano; Levy, Raphael Andrade, Max e Rodrigo Fernandes; Carlinho Rech, Dadá, Jhonnatan e Eduardo Ramos; Leandro Cearense e Leandrão.

O treino de ontem praticamente definiu a equipe com três volantes e um armador, enquanto Leandro Cearense e Leandrão formam a dupla de ataque, mas a definição ainda depende da interferência do Departamento Médico, que pode ou não vetar Thiago Potiguar.

A ausência de Potiguar no treino de ontem abriu espaço para a entrada de Leandro Cearense no ataque azulino. O jogador gostou da oportunidade de despontar como provável titular, além de ter demonstrado solidariedade após a saída do técnico Charles Guerreiro.

Profissionalmente, no entanto, Cearense reclamou das poucas chances. “Vou ser sincero. Não tive uma sequência de dois jogos. Fiz duas partidas como titular, uma no primeiro e outra no segundo turno, mas era pela opção dele (Charles Guerreiro). Aqui tem vários atacantes”, analisou.

Talvez por esse motivo, a entrada de Agnaldo tenha sido festejada por ele. “Ele já me conhece, é daqui do Pará. Fiquei até feliz por ele ter assumido, mas tenho que mostrar dentro de campo, nos treinos. Hoje (ontem) ele chamou muito a minha atenção, me ajudou bastante e estou aqui para aprender”, promete.

O atacante quer mudar o panorama para limpar a imagem de atacante ineficiente, diferente da época do Cametá, conquistando a artilharia isolada do Parazão 2011, com 21 gols. “Sou o único atacante que não tive uma sequência de 2 ou 3 jogos seguidos. Isso é ruim para qualquer atleta, porque ele não pode ter uma atuação mediana que acaba saindo do time. Espero ter essa chance para mostrar o meu futebol”, pede.

Diário do Pará, 15/03/2014