Leandro Cearense e Thiago Potiguar
Leandro Cearense e Thiago Potiguar

Em um passado recente, Thiago Potiguar e Roberto Fernandes trabalharam juntos. Quando o técnico dirigia o Paysandu, em 2011, o meia-atacante vivia um bom momento, mas exibia uma personalidade forte, fruto de uma imaturidade. Naquela época, Potiguar e Fernandes tiveram alguns problemas. O relacionamento entre eles foi se desgastando até a saída do treinador.

Três anos depois, Roberto Fernandes rodou pelo futebol do Nordeste e voltou ao Pará, agora no comando do Remo. O jogador também passou por outros clubes e hoje veste o azul-marinho. Ao menos nos discursos, a relação outrora desgastada ficou mesmo no passado.

“O Potiguar vem buscando essa maturidade e precisa de alguns ajustes, porque estava acostumado a jogar completamente solto taticamente. O jogador, em 90 minutos, se jogar e pegar muito na bola, a bola passa no pé dele não mais do que 4 minutos. O que ele faz nos outros 86? É preciso ter função”, explica Roberto Fernandes.

A referência do treinador é diretamente em cima do nervosismo do atleta, que constantemente reclama da arbitragem e, no último jogo, foi punido com cartão vermelho, ao discutir com o árbitro quando a partida contra o Gavião já havia terminado.

Roberto Fernandes reconhece que Potiguar é taticamente importante para o time, porém ainda precisa de mais alguns cuidados, se quiser realmente ser uma peça fundamental.

“Ele é um jogador que amadureceu, está centrado, casou e sabe que precisa evoluir. Se você tem o mesmo comportamento de 3 anos atrás, você perdeu 3 anos de sua vida, porque não amadureceu”, entende o técnico.

Diário do Pará, 10/04/2014