Altos e baixos, críticas, um título de turno, três treinadores diferentes. Estes primeiros quatro meses de 2014 não são um céu de brigadeiro, como se pronunciava considerando a ousadia do Clube do Remo para formar um plantel caro, com peças de reposição.
Aos trancos e barrancos, o Leão está próximo de atingir o primeiro objetivo da temporada. O caminho para a vaga na Série D tem, no máximo, mais quatro jogos, sendo que podem se transformar em dois, na hipótese do Paysandu eliminar o São Francisco na outra chave da fase semifinal da Taça Estado do Pará.
O Remo encara o Independente, hoje, a partir das 17h, em Tucuruí, para eliminar um dos seus concorrentes na disputa pelo Campeonato Brasileiro. O jogo vale pela semifinal do returno do Parazão. Um bom resultado, fora de casa, é o primeiro passo para o time de Roberto Fernandes alcançar a final do turno e, portanto, aproximar-se do principal objetivo deste primeiro semestre.
“Se o Paysandu eliminar o São Francisco e se a gente fizer a nossa parte, já vamos garantir a vaga”, afirmou o goleiro Fabiano, já sonhando com um Re-Pa na definição do returno.
No entanto, se alguém pensa que a conquista do passaporte para o Brasileiro já satisfaz os azulinos, o volante André tratou de lembrar que clube grande tem uma pretensão em campeonatos estaduais.
“O que nós queremos é ser campões paraenses e, desta forma, garantimos a vaga no Brasileiro”, frisou, sem medo de ser feliz, ainda na última segunda-feira (14/04), um dia depois de ter feito um dos gols da vitória do Remo contra o Paragominas.
O volante Dadá também seguiu esta linha de raciocínio. “Primeiramente, o objetivo dos jogadores é o título, mas se conquistarmos a vaga na Série D antes, jogaremos a final com mais tranquilidade”, frisou.
O Remo quer tudo, falta apenas avisar o Independente, disposto a seguir vivo na disputa pelo caneco do Estadual. O treinador Lecheva crê que é possível eliminar um adversário, cujo investimento é infinitamente superior ao representante de Tucuruí.
“É um rival mais forte, de maior investimento comparado com a gente, mas nós vamos seguir nessa luta”, garantiu Lecheva. O Leão pensa longe, o Galo é mais realista e, quando a bola rolar, iremos ver qual a filosofia mais apropriada para este momento.
Amazônia, 20/04/2014