Quando o árbitro Joelson dos Santos decretou o final da partida, aos 48 minutos do segundo tempo, o grito que já ecoava nas arquibancadas do Baenão invadiu o gramado, incendiando jogadores, comissão técnica e diretoria. A vibração pela vitória contagiava desde o “Mudinho”, funcionário de serviços gerais do estádio, até o presidente Zeca Pirão, que não conteve as lágrimas.
A emoção entre eles era justificável. Cinco dias antes, um ato irresponsável de um grupo isolado de pessoas por pouco não causa uma debandada em massa do clube. O drama, no entanto, serviu de inspiração para uma resposta a altura, que mesmo jogando com uma onzena até então, inédita, mostrou a capacidade da equipe de se reinventar a cada necessidade.
“Você acha que é fácil passar por tudo isso? Foram seis meses trabalhando de sol a sol, pegando praticamente um câncer de pele. Essa vitória foi para o nosso torcedor, ele mereceu e nós estamos aqui para defender sempre os interesses do clube do Remo. Podem apostar, o Remo já está na Série D”, disse o presidente às lágrimas.
Os azulinos, agora, esperam o vencedor de São Francisco e Paysandu, que duelam no próximo dia sete. Caso os bicolores vençam, o Leão estará automaticamente classificado à Série D.
Diário do Pará, 02/05/2014