Sem alarde, o Clube do Remo se prepara para encarar o Paysandu no primeiro jogo da final da Taça Estado do Pará. Embora já tenham se enfrentado seis vezes este ano, os titãs do futebol paraense tentam, de alguma forma, surpreender o adversário. A maneira encontrada pelo treinador remista, Roberto Fernandes, só será conhecida na partida da próxima quinta-feira, 22/05, no estádio Mangueirão. Os meios para atingir o objetivo de vitória, no entanto, são questionáveis.
Mais uma vez, a comissão técnica do Remo fechou o treinamento de ontem. A imprensa foi proibida de circular no Baenão. Pouco se descobriu sobre o time, mas se sabe que o treinador testou mais de 11 jogadores na equipe principal.
À tarde, durante uma movimentação em uma academia na cidade, o treinador azulino tentou justificar a medida. “A ideia é não abrir para a imprensa e que a gente possa, no detalhe, conseguir vantagem em relação ao adversário”, disse Fernandes.
O comandante remista deu algumas pistas, embora pouquíssimas, sobre o treinamento. “Foi um trabalho tático, que só diz respeito aos atletas e à comissão técnica. Trabalhamos posicionamento, a escalação não vai ser novidade para ninguém, mas alguns posicionamentos sim. Isso tem que entrar na veia. Repetimos coisas que nos interessam. Para o torcedor, só interessa ver no final”, declarou.
Instigado a enumerar quem seriam os 11 titulares, Fernandes fez o que se esperava, fugindo do assunto. “Aí você vai esperar até quinta-feira (22/05) por volta das 20h30”, declarou, mantendo algum sigilo.
No entanto, caso não haja nenhum imprevisto, a provável onzena titular será formatada no 3-5-2, com os seguintes titulares: Fabiano, Carlinho Rech, Max e Raphael Andrade; Levy, Dadá, Eduardo Ramos, Thiago Potiguar e Alex Ruan; Rony e Leandro Cearense. Nesta escalação, o zagueiro Carlinho Rech faz uma função de terceiro zagueiro ou de primeiro volante, de acordo com as circunstâncias do jogo.
“Temos que trabalhar alternativas; se o André estivesse em perfeitas condições e capacidade para jogar, não estaria testando o Rech naquela função. Como o André é uma dúvida, estou trabalhando a melhor opção não só com a bola rolando como com a bola parada”, frisou. André teve um estiramento no menisco do joelho e, aos poucos, vai se readaptando fisicamente.
A utilização do meia-atacante Ratinho, também em fase final de recuperação após uma lesão, no posto de Athos, é outra alternativa. Se estes atletas, no entanto, não esbanjarem plena recuperação física, o mais provável é que iniciem o clássico somente como opção no banco de reservas.
Amazônia, 20/05/2014
