Remo 2x2 PSC (Ilaílson e Alex Ruan)
Remo 2x2 PSC (Ilaílson e Alex Ruan)

Embora esteja a apenas uma vitória do título estadual da temporada 2014, o Clube do Remo ainda carece de ajustes técnicos e táticos. Para superar o Paysandu no jogo da próxima quarta-feira, 28/05, válido pela grande final do segundo turno, é preciso corrigir os problemas ou mesmo minimizá-los. Refletir sobre os erros e acertos do último choque entre os titãs do futebol paraense é necessário. O jogo terminou empatado por 2 a 2, mantendo a tendência favorável aos bicolores que, com mais um empate, levam a taça do returno.

Para evitar a sobrevivência do rival no Parazão 2014, o Leão terá que repensar algumas situações, como a falta de regularidade de algumas peças importantes na equipe, talvez o principal problema do treinador Roberto Fernandes. O fato foi vital para que o clube não conseguisse reverter a vantagem do empate, que pertence ao Paysandu.

A dupla de ataque, Rony e Thiago Potiguar, se constitui em um exemplo. O atacante serelepe Rony foi, disparado, o melhor jogador azulino no primeiro tempo do jogo. Na etapa final, porém, foi peça decorativa em campo. Thiago Potiguar foi o inverso: cresceu de produção só na etapa final.

O problema não tem origem em questões físicas, pois, ao contrário do rival, os azulinos jogam unicamente a competição estadual, priorizando o título que não é conquistado desde a temporada 2008.

Outro dado negativo, mas não menos importante, foi a falta de poder de penetração dos remistas na área bicolor. O Leão pouco conseguiu criar momentos claros de gol, quando o atacante fica frente a frente com o goleiro adversário. Ficou visível a falta de aprimoramento tático, com movimentações precisas entre os atletas. Somente as jogadas individuais foram capazes de acabar com esta lógica.

A desatenção em lances primordiais, a falta de protagonismo dos laterais e a bola área defensiva voltaram a incomodar. Neste último quesito, a partir de cruzamentos para a área remista, o Paysandu arrancou um pênalti e teve um gol anulado no clássico da última quinta-feira.

[colored_box color=”yellow”]Time apresenta evolução em vários quesitos

No entanto, também é fato que o trabalho desenvolvido pela comissão técnica do Clube do Remo, em quase três semanas de dedicação exclusiva para estes jogos, provocou a evolução em alguns pontos na equipe. O Remo, que chegou a encurralar o Paysandu nos primeiros minutos do jogo, teve algumas atuações individuais de destaque, como a de Eduardo Ramos.

O goiano, contratado para ser o maestro do time, conseguiu ser produtivo durante boa parte da partida. Apesar de não ter esbanjado o repertório que o levou a ser chamado de “maestro”, Ramos foi peça importante no setor de meio-campo, ao ditar o ritmo dos lances ofensivos e qualificar o passe na saída de bola. Se não bastasse, o agora camisa 10 do Leão fez um gol de fora da área e ainda cumpriu um papel defensivo.

Outros atletas do meio-campo tiveram o que comemorar, entre eles, Dadá, que voltou a mostrar voluntariedade defensiva e esforço ofensivo. Outra evolução visível e que, por pouco, não resulta em gols, foi a bola área ofensiva, que é constantemente treinada por Roberto Fernandes. Nos primeiros minutos da partida, o Leão usou da estratégia pelo alto e seus atacantes e zagueiros cabecearam bolas perigosas que arrancaram o “uhhh” das arquibancadas.[/colored_box]

Amazônia, 26/05/2014