Pela oitava vez em 2014, Remo e Paysandu medem forças. O duelo desta noite, se encerrado com empate ou vitória bicolor, provocará a disputa de mais dois clássicos. Desta vez válidos pela decisão do Campeonato Paraense: a Taça Açaí. Assim, a temporada que marca o centenário do Re-Pa terá ao todo 10 jogos entre as duas maiores forças do futebol paraense.
A última vez em que azulinos e bicolores se enfrentaram tantas vezes no mesmo ano foi em 1999, quando também houve 10 confrontos. Desde então, as sucessivas mudanças na fórmula de disputa do Parazão e os poucos encontros em competições nacionais fizeram com que os clássicos ficassem menos frequentes.
Agora, a escrita pode ser quebrada, mas nem por isso o Clássico-Rei da Amazônia está atraindo mais torcedores. Pelo contrário, ao que tudo indica o excesso parece ter deixado as torcidas enfastiadas. Uma demonstração dessa realidade foi a baixíssima presença de torcedores no primeiro jogo desta decisão da Taça Estado do Pará, na quinta-feira (22/05), quando o público total no Mangueirão não chegou a 9 mil presentes – dos quais pouco mais de 6 mil pagaram ingressos. A previsão para a partida desta noite não é nada animadora.
Levando em consideração o ritmo da venda antecipada, que só melhorou na tarde de ontem, as arquibancadas do Mangueirão não receberão nem de longe a multidão que tradicionalmente costuma marcar presença no clássico. De acordo com as diretorias de Remo e Paysandu, pouco mais de 4 mil bilhetes foram comercializados até as 18h de ontem. No Leão Azul, a expectativa é de que o interesse pelo jogo aumente ao longo desta quarta-feira.
Apostando nessa, o clube decidiu lançar mão de uma nova estratégia de vendas e vai utilizar um ônibus-bilheteria para driblar a proibição de venda de ingressos no Mangueirão em dias de jogos.
“Na verdade, a venda de ingressos em dias de jogos nas bilheterias do Mangueirão está vetada há 3 anos. Essa proibição tem como objetivo evitar tumultos e aglomerações nos portões do estádio, em virtude da presença no mesmo local de torcedores de posse de seus ingressos e querendo adentrar o estádio e de torcedores comprando suas entradas”, explicou o promotor público Domingos Sávio. “Já a utilização de um ônibus pelo Remo, que deve ficar estacionado próximo ao Detran, não fere em nada esta disposição”, esclareceu.
Amazônia, 28/05/2014