Alex Ruan e Rony
Alex Ruan e Rony

Logo depois da vitória, momentos antes do goleiro Maycki Douglas conceder entrevista coletiva, o técnico Roberto Fernandes teve uma conversa com o arqueiro, onde foram repassadas algumas orientações. O próprio treinador confirmou que se tratava de mais um capítulo de sua estratégia enigmática até o jogo deste domingo.

A curiosidade que desperta em seus treinos cresce à medida que ele vai fechando seus atletas. “São garotos, jovens, você tem que buscar muita coisa entre eles. É a primeira final deles, enquanto estou na quarta final consecutiva. Se a gente conseguir, chego a 50% de aproveitamento, não é para qualquer um. Temos que orientá-los para manter o foco do trabalho”, justifica o treinador.

O que já era mistério passou a ser segredo de estado. Jogadores só serão vistos nos momentos das entrevistas, treinos com bolas devem permanecer fechados à imprensa e as partes abertas limitam-se a pequenas movimentações físicas. A precaução do comandante é para evitar o chamado “oba-oba”, que tão mal fez nos últimos anos.

“O Paysandu tem um dos maiores goleadores do Brasil, que é o Lima. Tem o Ricardo Capanema, um marcador implacável. É um cara que marca bem e na hora que rouba ele sai para o jogo. Nós temos que manter o foco e saber que não acabou, porque vamos pegar outra pedreira no domingo”, justifica Roberto Fernandes, que já orientou bem seus comandados. “O professor pediu que a gente não desse muita entrevista. Ele sabe o que faz. Acho que tudo isso é importante para nós nesse momento”, diz o atacante Rony.

Diário do Pará, 06/06/2014