Por decisão da comissão técnica, o Clube do Remo entrou em campo com vários jogadores sem titularidade na Série D. O objetivo, segundo Roberto Fernandes, era dar ritmo a alguns atletas, mas uma das posições testadas acabou sendo o maior alvo dos ataques tunantes e não fosse a esperteza dos homens de área do Remo, nos minutos finais, o clássico seria favorável ao time visitante.
Na lateral-direita, o titular é Levy, naquele momento poupado. Fernandes resolveu improvisar o volante Jhonnatan na função. Visivelmente fora de contexto, o atleta não influenciou em nada e acabou substituído por Michel Schmöller. O problema foi que o outro volante não ocupou a direita e baseou seu trabalho no meio-campo, que já contava com Jardel Buiú, Régis e Ilaílson.
Deu-se a discussão em campo, enquanto a Tuna Luso desfilava pela direita. “Roberto pediu para o Michel ir para a direita, mas ele não obedeceu muito e disse que não era lateral. Ele atuava mais como terceiro volante, então nós demos uma reforçada naquele setor”, explicou Ilaílson. “Fiquei até o Marquinho (atleta da base remista) entrar em campo. Daí o jogo conseguiu fluir e chegamos ao empate”, completou.
Marquinho entrou no lugar de Régis, que minutos antes havia se contundido. Foi quando o Leão Azul acordou para o resultado e, em uma jogada ensaiada construída pela lateral-esquerda, a troca aérea deixou o estreante Danilo Lins de cara para o gol.
“O goleiro deles fez uma boa atuação, atrapalhou bastante a gente. O meu gol foi mais na intuição de atacante, porque a bola já tinha passado por mim. O Val (Barreto) foi inteligente e ajeitou novamente na minha direção. Fico muito feliz com o cartão de visitas”, destacou Danilo Lins.
Diário do Pará, 01/09/2014