O Remo estreia hoje (01/10) à noite na Copa do Brasil Sub-20 com dois desafios. Em primeiro lugar, tem que superar o Goiás (GO), equipe que representa um projeto bem estruturado e de longo prazo na formação de atletas. Paralelamente, terá a importante missão de preservar a imagem positiva deixada no torneio do ano passado.
Um dos trunfos do técnico Walter Lima é o aproveitamento da base construída na campanha do bicampeonato da Copa Norte Sub-20. Um dos grandes destaques daquele torneio, o polivalente volante Tsunami, é também a principal esperança azulina na competição nacional.
Apesar do pouco intercâmbio com o futebol de outras regiões, problema que a Copa do Brasil ajuda a diminuir, o Remo já provou que é possível enfrentar em igualdade de condições equipes de outros centros.
No ano passado, com um time mais inexperiente que o atual, o Leão chegou à fase semifinal da Copa, superando adversários qualificados, como Vitória (BA) e Flamengo (RJ). Caiu frente ao Criciúma (SC), cujo potencial pode ser comparado ao do Goiás (GO).
A eliminação diante dos catarinenses em jogo dramático, também no Mangueirão, deixou algumas lições que certamente não foram esquecidas por Waltinho e seus comandados. Ficou óbvio naquele mata-mata que o Criciúma (SC) baseava seu poder de fogo na força de conjunto e na preocupação em marcar sob pressão.
Soa até esquisito falar em marcação tão radical em competições sub-20, mas o fato é que o futebol no Brasil vive desses absurdos, que estão na origem do atual nível técnico dos atletas profissionais.
A lamentar que o apoio que a torcida deu ao Leãozinho na competição passada dificilmente se repetirá neste ano, pois em 2013 o time profissional estava inativo e a torcida sofria de carência absoluta, abraçando incondicionalmente a causa dos garotos. Agora, com a Série D em andamento, o sub-20 sofre um certo esvaziamento, agravado pela má jornada dos profissionais diante do Brasiliense (DF), no último domingo, 28/09.
Blog do Gerson Nogueira, 01/10/2014