Em sua explanação sobre os rumos que o futebol azulino precisa tomar para alcançar uma condição de moderno e profissional, o ex-diretor de futebol do Internacional (RS), Newton Drummond, fez uma série de observações que precisam ser impostas, segundo ele, “o mais rápido possível”, para que o clube se torne sustentável e consiga valorizar o que há de mais importante.
A princípio, Drummond deixou claro que para estruturar o futebol, é preciso fazer uso correto das atribuições de um Departamento de Base. O executivo dividiu o setor em diversas categorias que agem independente do futebol profissional, mas contando com a mesma estrutura. De lá, faz-se o que ele chama de “captação de valores”, um aliado importante e que difere totalmente do profissional.
“Essa é uma característica importante. O profissional não faz captação, enquanto a base tem essa liberdade de buscar talentos, formar e trabalhar com eles, sempre de acordo com a necessidade real”, disse.
O esquema apresentado baseia-se em uma estrutura sólida e longa, contando com Diretor Executivo, Gerente, Coordenador, Comissão, Saúde, Logística, Jurídico, Captação e Assessoria.
Quanto ao futebol profissional, tratado como “carro-chefe” do clube, Drummond atentou para um pequeno detalhe ainda muito comum no futebol paraense, que é a contratação sem critério e a abnegação.
“Hoje, o jogador não é mais jogador de bola. Hoje ele precisa ser um atleta e existem ferramentas para mensurar isso. Por outro lado, deve-se haver a autonomia para que um diretor ou executivo remunerado faça o seu trabalho. Não existe mais o amigo, abnegado, aquele que é remunerado porque está sem trabalho e depois faz as vontades de quem o colocou no cargo”, enfatizou.
Diário do Pará, 06/11/2014