Em entrevista na última quarta-feira (05/11), o presidente do Clube do Remo, Zeca Pirão, revelou que pretende ir à Justiça para tentar receber do Santos (SP) o montante que o clube paraense tem direito da transferência do lateral-direito Cicinho, da Ponte Preta (SP) para o clube praiano, por ser o formador do jogador (de 2007 a 2008).
A insatisfação com o Peixe aconteceu pelo fato do time paulista ter se comprometido em pagar os R$ 500 mil que o Leão Azul tem direito em 5 parcelas, porém, segundo Pirão, o acordo foi quebrado.
Segundo o diretor jurídico, André Cavalcante, o Remo está se organizando para entrar com uma ação na Corte Arbitral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para reivindicar a quantia a que tem direito.
“A CBF tem um comitê que responde pela cláusula solidária entre os clubes brasileiros. Como eles não querem nos pagar, vamos agir na Corte Arbitral da CBF para garantir o nosso direito”, declarou Cavalcante.
Só que o Leão pode demorar ainda mais um pouco para ver a cor do dinheiro, isso porque o clube vive período eleitoral e a ação dependerá de qual presidente será eleito neste sábado (08/11).
“Só podemos agir depois das eleições. Se a atual diretoria permanecer, construirei a ação e protocolarei na CBF. Caso o doutor (Pedro) Minowa seja eleito, temos que esperar para saber quem será o advogado escolhido por ele para tomar frente neste caso”, ressaltou o advogado.
André Cavalcante demonstrou surpresa com as declarações de Cristino Caus. “Eles estão em estado pré-falimentar, com dificuldades de honrar os seus compromissos. Isso é conversa para não pagarem o que devem para nós”, encerrou Cavalcante.
Com a venda de Paulo Henrique Ganso ao São Paulo – aproximadamente R$ 24 milhões -, o Santos (SP) pagou R$ 582 mil ao Paysandu, em 2013, porque o clube bicolor formou o atleta nas categorias de base em 2005.
ORM News, 07/11/2014
