Dos 32 atletas que terminaram o ano em Belém com a eliminação precoce do Clube do Remo na Série D do Campeonato Brasileiro, somente oito têm vínculo azulino para seguir no clube em 2015. O goleiro Fabiano, os laterais Levy, Alex Ruan e Jadílson, o volante Ameixa, o meia Eduardo Ramos e os atacantes e Rony e Leandro Cearense. Sendo que Cearense fica sem contrato em janeiro e Jadílson em março. Nenhum deles tem certeza quanto à permanência.
É muita gente a ser contratada para se montar um grupo de futebol profissional, com pelo menos 28 jogadores. Desses oito com contrato ainda vigente, devem se juntar alguns que estavam até o fim da competição nacional, caso acertem a renovação. Pelo menos foi o que disse o atual presidente remista. Zeca Pirão.
“Existe um grupo de jogadores que tinha contrato terminando agora em novembro e vamos buscar a renovação de 5 a 6 deles para continuar no Clube do Remo. Os demais receberão somente os dias trabalhados até setembro e irão embora”, confirmou Zeca Pirão. Entre os cotados para seguir vestindo azul-marinho estão os volantes Dadá, Ilaílson e Michel Schmöller.
Jogadores como volante Jhonnatan e o atacante Rafael Paty declararam terem sido procurados para renovar, mas nenhum dos dois assinou nada enquanto não passa esse momento de definição de nova diretoria. Ricardo Capanema, volante que tem contrato com o Paysandu até o fim do ano e, especula-se, não estaria mais nos planos dos dirigentes bicolores, é um sonho de consumo da Chapa 1.
Antes mesmo da chegada de jogadores e até de treinadores, tanto Pirão quanto o candidato da oposição, Pedro Minowa, prometem a chegada de um executivo de futebol. O atual presidente, inclusive, afirmou que esse profissional pode chegar a Belém ainda essa semana.
[colored_box color=”yellow”]Quem tem contrato e pode ficar… ou não?
Fabiano – Aos 37 anos, o veterano goleiro tem mais um ano de contrato com o Remo, mas não goza da unanimidade que tinha quando chegou. Esse ano, chegou a perder a vaga de titular em algumas partidas para Maycki Douglas. Depois, retomou o posto. Pesa a seu favor o profissionalismo que sempre mostrou e a identificação com o clube. Nesses dias de inatividade, não raro é encontrá-lo no Baenão treinando por conta própria. Contra, algumas falhas apresentadas, em especial nas jogadas aéreas.
Alex Ruan – Oriundo das categorias de base do Leão Azul, conseguiu se sobressair apesar da notória aversão de Roberto Fernandes de utilizar a garotada. Ainda assim, chegou a perder a vaga no time em algumas partidas, as últimas da Série D, quando Jadílson foi contratado. É visto por todos dentro do Baenão como o dono da camisa 6, mas de fato teve momentos de irregularidades em situações distintas tanto no Parazão quanto no Campeonato Brasileiro. Aos 21 anos, promete crescimento após uma temporada com uma sequência de jogos.
Eduardo Ramos – O “camisa 33” é uma incógnita dentro do clube. Principal contratação do ano, nunca caiu totalmente nas graças da torcida. O fato de ter defendido o maior rival e não ter repetido o mesmo desempenho foi sempre algo que incomodou os azulinos. O custo benefício de sua contratação foi ruim. Tanto que, após o Campeonato Paraense, foi emprestado para contenção de despesas. Teve apenas uma atuação pelo Remo digna de ser lembrada, o 4 a 1 no primeiro jogo decisivo da competição estadual.
Rony – Principal revelação do Remo em 2014, o atacante caiu de produção no Campeonato Brasileiro. Algo natural e até esperado de um garoto de 19 anos que, até bem pouco tempo, mal treinava entre os profissionais. Rápido e habilidoso, Rony mostrou também faro de gol. O excesso de individualismo e algumas falhas nas finalizações são situações que podem ser resolvidas com os treinos e a experiência. Um dos poucos da base em que o clube teve a preocupação de renovar o contrato por um longo período de tempo, o atacante só sai do Baenão se aparecer uma grande proposta. Caso contrário, começa 2015 como grande esperança azulina de gols.
Técnico – O Remo não tem treinador, isso é fato. A anulação da primeira eleição e a segunda marcada para o dia 13/12 só fez atrasar mais as coisas. Somente a partir da definição entre Zeca Pirão e Pedro Minowa é que se saberá quem comandará a comissão técnica azulina. Os dois lados já fazem contato. Pirão iniciou dizendo que pretendia trazer alguém que conhecesse o trabalho com a base e estivesse em busca de espaço no cenário nacional. Depois, afirmou já ter conversado com um profissional que esteve na Série B do Campeonato Brasileiro. Minowa é de discurso semelhante, de trazer alguém experiente em competições nacionais.[/colored_box]
Amazônia, 01/12/2014