Mais de 24 anos depois de vestir a camisa do Remo, um ex-atleta tenta a sorte como presidente de um clube tradicional do Rio de Janeiro (RJ). Luciano Viana, ídolo azulino na década de 90, é o atual presidente do Americano (RJ), que encontra-se na mesma situação do Leão Azul, sem divisão e galgando um lugar na Série D do Campeonato Brasileiro.
Hoje com 44 anos, o jogador que sempre foi acostumado com chuteiras e uniformes, tenta administrar as finanças de um clube que anda em uma situação difícil no Cariocão e mandou um recado para a atual diretoria azulina.
“Hoje o futebol não é só recursos, mas é principalmente gestão. Falo isso pois assumi a presidência do Americano (RJ), clube onde fui projetado e que tenho uma ligação muito forte. Não basta amor, tem que saber administrar e se cercar de pessoas competentes. Os clubes precisam de gestão profissional”, comentou Luciano.
Idolatrado pelos azulinos, Luciano Viana não esconde a decepção pela atual situação do Leão. “Tenho uma ligação muito forte com o Remo. Amo dois clubes nesta vida, Americano (RJ) e Remo, e é bastante complicado ouvir as notícias de Belém e perceber que um dos maiores clubes do Brasil se encontra nesta situação. Sei muito pouco sobre a atual diretoria do Remo e desejo muita sorte a eles, pois apoio de torcedores não irá faltar e estarei aqui do Rio de Janeiro torcendo pela volta do Remo ao cenário nacional”, disse.
Luciano Viana atuou no Remo por duas temporadas no Leão (1991 e 1992), mas antes de chegar em Belém, o atleta estava acertado com o maior rival. “Atuei contra o Paysandu em 1991, quando jogava pelo Americano (RJ). Joel Martins, que já tinha treinado o Paysandu, conversou com o presidente e acertou tudo. Durante a madrugada, um dirigente do Remo chamado Israel Vasconcelos negociou com o presidente e fui perguntado pela manhã se queria ir para o Remo. Essa foi a melhor escolha e a mais importante da minha vida”, disse Luciano, bastante emocionado.
O ex-atleta e agora dirigente disse que ainda quer ver o Remo onde ele deixou em 1992. “Saí do Remo em 1992 para jogar no Boa Vista (Portugal), mas antes conquistamos o acesso à Série A. Lembro da festa que ocorreu em Belém, torcida no aeroporto e festa na sede social do clube. Essa torcida não merece o que está acontecendo. Um dia quero ver o Remo forte e na Série A, como um dia deixei”, finalizou.
O time base do Leão no Campeonato Brasileiro Série B em 1992 tinha Paulo Vítor; Marcelo, Belterra, Silvano e Luís Carlos; Agnaldo, Alencar e Arthur; Formiga, Luciano Viana e Lamartine. O técnico era Waldemar Carabina.
ORM News, 17/12/2014