Tratando-se de trabalho científico, a preparação física só pode ser avaliada por quem acompanha os processo e os resultados. Não temos como questionar o julgamento de Zé Teodoro ao trabalho do preparador físico Ricardo Monteiro, substituído na comissão técnica remista, pelo goiano Alexandre Irineu. Ricardo tem bom conceito no futebol paraense, mas pesa muito a favor de Irineu a bagagem acadêmica.
Ele é graduado em Educação Física e pós-graduado em Fisiologia e Nutrição, além de já ter vivido uma breve experiência de treinador no América (RN). A rodagem também credencia Irineu. Ele tem no currículo 8 clubes brasileiros – Atlético (GO), Brasiliense (DF), Fortaleza (CE), São Caetano (SP), Bahia (BA), Sport (PE), Guarani (SP) e América (RN) – e 2 estrangeiros – Suwon Samsung (Coréia do Sul) e Al-Nasr (Emirados Árabes).
Zé Teodoro fez questão de contar com o trabalho de Alexandre Irineu neste período de uma semana de treinamentos. É tempo para implantação de novos métodos e para resultados práticos já na partida contra o São Francisco, em Santarém, dia 19/02.
A fisiologia oferece recursos para respostas urgentes, como pretende o treinador remista, certamente com a ideia de dar maior intensidade ao time. Ele já percebeu que o campeonato, em pleno período de chuvas e grama alta, vai exigir alto rendimento nas três valências da preparação física: força, velocidade e resistência.
Um dos maiores beneficiados no Remo por essa etapa de burilamento da preparação física é o lateral-direito George Lucas, que chegou fora de forma. Essa oportunidade coincide com a volta do concorrente (Levy) ao Departamento Médico. Enquanto as dores atormentam Levy, os trabalhos específicos habilitam George Lucas para a titularidade.
Na lateral-esquerda, Jadílson também está tratando de melhorar a forma física, mas em uma concorrência acirrada com Alex Ruan, que saiu em alta cotação do jogo contra o Rio Branco (AC).
O atacante Flávio Caça-Rato, que chegou em grande defasagem, é outro alvo da comissão técnica nos treinos físicos, para colocá-lo “na ponta dos cascos”.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 12/02/2015