O Remo conseguiu impedir que a área do Carrossel, anexa ao Baenão, fosse a leilão na manhã desta sexta-feira, 27/02. O imóvel tinha sido colocado à hasta pública por determinação do Tribunal Regional do Trabalho 8ª Região (TRT/8) para pagamento de débitos trabalhistas em processos da 13ª Vara do Trabalho de Belém e só foi retirado porque o Departamento Jurídico do clube conseguiu fechar um acordo com alguns de seus credores. A dívida do Leão Azul com seus ex-jogadores e ex-funcionários ultrapassa R$ 10 milhões, em mais de 70 processos.
Além disso, o clube fez o pagamento de uma parcela no valor de R$ 100 mil e apresentou uma planilha com futuros pagamentos que deverão ser efetuados regularmente nos próximos meses.
“Pagamos para mostrar à Justiça que estamos dispostos a reconstruir a credibilidade do clube. A expectativa é que este pagamento aconteça todo dia 15 do mês”, explicou Nelson Tupinambá, diretor jurídico remista.
No entanto, o advogado lembrou que outros processos trabalhistas também ameaçam o patrimônio e a saúde financeira da agremiação. “Além destes da 13ª Vara, temos outros processos distribuídos em outras Varas, que totalizam cerca de R$ 500 mil. Porém, todos eles estão em execução, portanto, não podemos mais fazer acordo”, esclareceu.
Um desses processos é o movido pela ex-funcionária Mara Cleonice Soares Couto na 9ª Vara Trabalhista de Belém. Por conta desta dívida, aliás, outro imóvel do clube poderá ser levado a leilão no dia 26/03. Trata-se do terreno onde funciona atualmente a arena do clube, também anexo ao Baenão. Até lá, porém, Tupinambá acredita que será possível suspender a hasta pública. A área, que mede 21m de frente por 30m de fundo, está avaliada em R$ 1,2 milhão.
Amazônia, 27/02/2015
