O clima de insatisfação com os últimos acontecimentos ocorridos nos bastidores do Remo e dentro das quatro linhas têm provocado uma série de problemas à administração do presidente Pedro Minowa. O maior deles, no entanto, nasceu às 19h15 da última segunda-feira (06/04), quando foi protocolado na sede social, um pedido formal solicitando o impeachment do mandatário remista.
O pedido foi aceito pelo presidente do Condel, Manoel Ribeiro, que irá convocar reunião para designar uma comissão responsável pelo processo, ofertando defesa ao presidente. Caso seja retirado do cargo, uma junta governativa, comandada pelo próprio Ribeiro, assume o clube até nova eleição.
O autor da ação foi o engenheiro Heitor Freitas, membro do Conselho Deliberativo (Condel) do clube, e conta com o apoio, segundo ele, de ampla maioria entre os demais conselheiros.
“Nós temos um Estatuto e o presidente, quando é eleito, se compromete a cumpri-lo. Desde o início do ano essa diretoria não cumpre”, acusa Heitor.
Para ele, os problemas vão desde contratações irregulares, falta de transparência na prestação de contas, uso das verbas de renda para pagar empréstimos de diretores e até a indiferença quanto ao Conselho de Futebol.
Um exemplo citado pelo conselheiro foi a falta de atenção do presidente ao ter assinado um contrato sem ler o mesmo, ao tempo em que rescindia um anterior com outra empresa, que apresentava multa rescisória de R$ 500 mil. “Se o prejudicado nos levar à Justiça, como vamos pagar? Ele está na razão?”, questiona o conselheiro.
“O Remo tinha um contrato assinado com uma empresa que geria o programa ST Nação Azul. A empresa ficava com 7,5% da arrecadação bruta. Esse contrato foi substituído, sem rescisão, majorando a taxa em 30% em favor de outra empresa”, conforme cita a acusação.
Diário do Pará, 08/04/2015