Na tarde desta sexta-feira (24/04), enquanto ex-presidentes, dirigentes e integrantes do Condel visitavam jogadores para uma conversa cordial, o presidente Pedro Minowa estava na sede da Federação Paraense de Futebol (FPF) para a escolha do árbitro que iria trabalhar no clássico deste domingo, 26/04. Em seguida, o mandatário foi até a sede do Remo conversar com a comissão criada para apurar as denúncias feitas contra ele na reunião do Condel do início do mês.
A comissão composta por Hamilton Gualberto, Ulisses Oliveira e Haroldo Picanço ouviu o presidente e outros envolvidos. Em seu depoimento, Minowa falou sobre a venda de Rony, os contratos com a Umbro, salários atrasados e dívidas com a Justiça. Em um dos pontos destacados, no que tange à saída do atacante, ele foi claro e esclareceu a série de “injustiças” que vêm sendo plantadas contra sua gestão.
“Fiz de tudo para segurar o garoto, mas infelizmente ele e o empresário, não sei até que ponto o atleta, não foram parceiros do Remo, pois era para ele disputar as quatro partidas restantes. O problema é que eles não queriam mais ficar no Remo e não pude segurar, pois era para termos perdido o Rony no final do ano, quando eles entraram na Justiça por causa dos salários atrasados e só retiraram a ação com o acordo que fizemos na minha gestão”, esclareceu Minowa.
Após os depoimentos, o presidente foi surpreendido com um documento em sua mesa contendo a renúncia do diretor-geral, Cláudio Jorge, que teria deixado o cargo por não concordar com a entrada do ex-presidente na condição de “salvador da pátria”.
“Recebi a renúncia e vou aceitar. Foi a terceira vez que ele pediu. Não sei os motivos, mas se foram esses, tudo bem. Entendo o jeito dele, mas acredito até que ele tenha vestido a camisa do presidente e do clube”, garantiu Minowa.
Diário do Pará, 25/04/2015