Um dos jogadores que mais comemorou o título do Remo foi Eduardo Ramos. Maestro dentro e fora de campo, o camisa 10 provou que virou conhecedor do Parazão ao levantar seu terceiro título consecutivo (em 2013 foi campeão com o Paysandu), conseguindo marcar, definitivamente, seu nome na história do clube e também do futebol paraense.
“Todo título é especial, mas esse, por toda dificuldade que passamos, é diferente. Ser campeão no Remo é mais difícil e mais gostoso. Sou tricampeão no Estado e isso que marca. Devagarzinho vamos marcando o nome no clube e isso que vai ficar para a gente contar para os filhos e netos”, disse.
Principal nome do clube desde o ano passado, Eduardo Ramos teve que aprender a conviver com as constantes críticas da imprensa e torcida. Apesar disso, após ajudar o Joinville (SC) a subir para a Série A de 2015, voltou ao Baenão para provar seu valor.
Assim como todo o time, não teve um início de temporada positivo, mas soube chamar a responsabilidade no momento de crise e acabou sendo um dos grandes responsáveis pela virada de ambiente no Leão, caindo de vez nas graças da torcida.
“A gente não tinha saída. Ou a gente se abraçava e fazia acontecer, ou a não íamos receber e o clube ia ficar novamente nessas mesmas condições. Então, junto com a torcida, que nos abraçou e nos incentivou o tempo todo, fomos atrás desse objetivo”, comentou.
Indagado se pretendia voltar a usar a camisa que simboliza o tabu contra o Paysandu, Eduardo Ramos não teve dúvidas de dizer que prefere usar a 10.
“A melhor forma de honrar e respeitar essa camisa é assim, jogando. Acho que é um peso muito grande, pois foram muitos jogadores que passaram até esse número de jogos ser feito. Deixa a 33 do jeito que está e fico com a 10, que é melhor”, finalizou.
Globo Esporte.com, 04/05/2015