Mesmo sem jogar e aguardando o início da Série D, o clima no Remo ainda não é dos mais tranquilos. É esperado para esta quarta-feira (10/06) a entrega do relatório da comissão que apura denúncias de improbidade administrativa contra a gestão de Pedro Minowa e faz questionamentos sobre o mandato do ex-presidente Zeca Pirão.
Em meio a tantas dúvidas, um outro nome acabou aparecendo no processo – Fábio Bentes, ex-diretor de marketing do clube nos anos de 2013/2014.
“Único questionamento que me fizeram foi em relação ao tempo de contrato com a Umbro. Foi assinado por 3 anos. Que o Estatuto veda assinar contratos acima do prazo de mandato, mas segundo a orientação do Departamento Jurídico, isso só vale para jogadores. Por via das dúvidas, ainda pedimos autorização do Condel. Temos isso por escrito”, diz Fábio Bentes.
O ex-diretor argumenta ainda que precisava tomar a decisão da assinatura com a fornecedora em caráter de urgência.
“Com relação a Umbro, vale lembrar que se não assinasse o contrato em outubro, não teríamos material para iniciar o Campeonato Paraense em janeiro. O prazo mínimo para confecção da ‘grade’ é 90 dias e eles não iriam confeccionar sem o contrato assinado. Por isso, a necessidade de assinar naquele momento. Agora imagina se não fizéssemos isso e o Remo ficasse sem material? As críticas seriam muitas e justas”, declarou.
Todas as pessoas envolvidas no processo tiveram depoimentos colhidos e apresentaram suas defesas por escrito. Todo o material será analisado pelo Conselho Deliberativo do Remo, que decidirá posteriormente se será convocada uma Assembleia Geral.
“Lamento muito que tenha chegado nesse ponto, mas infelizmente varias irregularidades foram constatadas e precisam ser apuradas com responsabilidade. O clube não pode ficar prejudicado em nome apenas da ‘união’. Após a apuração e a responsabilização dos envolvidos, entendo que com humildade e transparência, a união possa acontecer”, finaliza o ex-diretor azulino.
Portal Arquibancada, 09/06/2015