A área do Carrossel, que fica anexa ao Baenão, escapou de mais um leilão. O espaço ficaria à mercê de lances nesta sexta-feira (12/06), mas o TRT-8 (Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região) suspendeu a praça ao conceder liminar pedida pelo Clube do Remo, detentor do lugar.
Avaliado em aproximadamente R$ 7 milhões, o espaço seria leiloado para amortizar acordos da 13ª Vara Trabalhista, onde está alocada a maioria dos processos trabalhistas contra o Leão.
A decisão do TRT foi tomada através da desembargadora Elizabete Newman. O pedido do Remo aconteceu com um mandado de segurança impetrado no início da manhã desta quarta-feira (10/06), pelo advogado do clube, André Meira.
“O que aconteceu foi que provamos que o acordo que havia sido descumprido já está quitado e lembramos que estamos dentro de um prazo para a formatação de um plano de pagamento do montante total das dívidas trabalhistas do Remo. Nada mais razoável que suspender este leilão”, explicou Meira.
O acordo citado foi firmado no início de 2014, com o pagamento de cerca de R$ 100 mil por mês, e foi quebrado. O valor total da dívida, porém, foi pago através dos bloqueios de 30% das rendas (R$ 485.132,12) e dos patrocínios (cerca de R$ 500 mil).
Já o plano de pagamento dos cerca de R$ 12 milhões que o Leão deve à Justiça do Trabalho está sendo produzido por uma empresa especializada em recuperação de finanças de empresas.
“O Remo contratou uma empresa que, pela primeira vez no futebol paraense, vai fazer uma perícia técnica e financeira em todos os processos para poder chegar ao número exato do que o clube deve atualmente. Trata-se de uma entidade que trabalha há anos neste ramo de recuperação de empresas no âmbito financeiro e jurídico”, explicou.
ORM News, 10/06/2015
