O time Zico 10 goleou o Remo Master por 9 a 3 no “Jogo dos Sonhos”, partida festiva realizada na noite desta quinta-feira, 25/06, no Mangueirão, em Belém. O amistoso, além de confraternizar ex-jogadores de destaque no cenário do futebol nacional e ídolos da história do Leão Azul paraense, também teve o objetivo de lançar dois projetos sociais no Pará do eterno camisa 10 do Flamengo (RJ).
Em campo, inúmeros craques, para o deleite dos aproximados 3 mil torcedores presentes. O time Zico 10 iniciou com Marcelo Leite; Charles Guerreiro, Junior Baiano, Odvan e Djair; Athirson, Tita, Thiago Coimbra e Cláudio Adão; Zico e Sávio. Já a equipe do Remo começou o confronto com Ivair; Marquinho Belém, Magrão, Belterra e Cleberton; Junior, Giovanni, Mesquita e Artur Oliveira; Luciano Viana e Fábio Oliveira.
O zagueiro Ney Sorvetão, que se destacou no Remo na década de 1990, entrou no segundo tempo. Ele falou do reencontro dos ex-jogadores remistas e falou da chance de jogar ao lado de Zico.
“É sempre bom essa reunião entre nós, ex-atletas que passaram e tiveram a sua importância na história do Remo. Agnaldo, Belterra, Mesquita, eu… É importante essa confraternização. Isso também mexe positivamente com o torcedor, principalmente nesse momento difícil que o clube atravessa. Ainda tem essa coisa de jogar contra o Zico, que era um craque que eu fazia questão de ter no meu time de botão. Agora estou fazendo parte dessa festa, é fantástico, marcante”, comentou.
Com a bola rolando, a equipe de Zico abriu 3 a 0 no placar. Apesar dos 62 anos, o “Galinho de Quintino” ainda tinha precisão nos passes e era o responsável pelas jogadas ofensivas do seu time. O Remo só foi se acertar no segundo tempo, com a entrada de uma das duplas de ataque mais comemoradas da história azulina, com Edil e Ageu Sabiá. A cada toque de Ageu, a torcida ia ao delírio e foi dele o primeiro gol do Leão no jogo, cobrando pênalti.
Zico marcou o seu gol quando o jogo estava 5 a 2 e deixou o gramado do Mangueirão logo em seguida, bastante aplaudido. Gian, meia que passou pelo Vasco (RJ), mas que marcou época atuando com a camisa do Leão, fez o último gol do clube paraense na partida. Depois só deu o time Zico 10, que fechou o resultado em 9 a 3.
Após o amistoso, Zico concedeu entrevista coletiva. O ex-jogador afirmou que o placar do jogo festivo não foi o mais importante, mas sim a possibilidade de dar ao torcedor do Pará um encontro de craques que marcaram gerações dentro e fora do Brasil.
“Exibições como essas têm o objetivo de fazer reviver grandes jogadores do cenário nacional e internacional. A gente procura ter uma equipe representativa, contando com Odvan, Junior Baiano, Charles Guerreiro, Athirson, Djair, Cláudio Adão. São pessoas que deram glórias aos times. No Remo, é bacana rever Mesquita, Artur, outros que dignificaram a camisa do clube. O placar é o que menos importa. Acho que a torcida gostou da exibição. A minha vinda também tem o objetivo da escola Zico 10 e fico feliz com a receptividade que tive aqui”, disse.
O Galinho também lembrou da histórica partida em que o Remo venceu o Flamengo (RJ) por 2 a 1, dentro do Maracanã, no Rio de Janeiro, pelo Campeonato Brasileiro de 1975. Zico marcou o gol do Mengão, enquanto que Mesquita, que atuou no “Jogo dos Sonhos” na noite desta quinta-feira (25/06), deu a vitória ao Leão junto com Alcino, já falecido.
“Quando vejo personagens que enfrentei, seja vencendo ou perdendo, é sempre gostoso, pois fica a amizade. Foi uma vitória merecida, o Remo jogou melhor e aproveitou aquele período. Estava começando na minha carreira, lembro que foi uma coisa rara, pois fiz poucos gols de perna esquerda e lá aconteceu um desses, mas fiz questão de separar isso, para que não fosse um jogo do Remo contra o Flamengo (RJ), passou. Não é comum o Flamengo (RJ) perder no Maracanã, mas o Remo naquele período era forte no cenário brasileiro. Foi legal ver o Mesquita em campo, pena que tiraram logo ele de campo”, brincou Zico.
Globo Esporte.com, 26/06/2015