Mais de 4 meses depois de pisar pela última vez no gramado do Mangueirão para a disputa de uma partida oficial, o Clube do Remo volta ao local onde o Fenômeno Azul encantou o país em 2005 com um objetivo bem semelhante ao deste ano: arrancar para a glória com o apoio da massa azulina. O primeiro passo é logo mais, às 18h, contra o Vilhena (RO), pela última rodada da fase de grupos da Série D do Campeonato Brasileiro, em jogo que vale a liderança.
Motivos não faltam para tanta euforia. Por mais de 100 dias, a ideia do reencontro estava apenas no campo do sonho. Agora, a realidade bate à porta. Além disso, o time está na vice-liderança do Grupo A1, mas o concorrente direto pelo primeiro lugar, o Rio Branco (AC), já encerrou sua participação nesta fase. Ou seja, é só vencer e ir para as cabeças. O retrospecto dos jogos em casa também é ótimo: em 3 partidas, foram 3 vitórias, 7 gols marcados e apenas 2 sofridos. São números que fomentam a empolgação do torcedor.
Dentro das quatro linhas, porém, a batalha será dura, mas o esquadrão do técnico Cacaio vem forte, com um time ajustado e poucos desfalques. Fora a ausência do zagueiro Max, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o comandante já tem praticamente definido quem vai a campo. Na frente, Léo Paraíba e Rafael Paty despontam na frente de Sílvio e Aleílson; no meio, Edicleber ganhou a preferência ao lado do maestro Eduardo Ramos.
Basicamente é um time ofensivo, que atua no sistema de jogo 4-4-2. Nas laterais, Levy e Alex Ruan têm a função de proteger os zagueiros sem a bola e, com ela, sair para o jogo.
Se comparados taticamente, o Remo jogará mais tranquilo e equilibrado do que o Vilhena (RO), já desclassificado e em uma situação caótica nos bastidores. Fato que pouco ou nada importa ao torcedor remista. Este não pensa em outra coisa que não seja a festa nas arquibancadas do Mangueirão. De preferência com uma bela vitória.
Diário do Pará, 13/09/2015
