Welthon
Welthon

O técnico Cacaio mostrou, na reta mais importante da Série D, duas qualidades decisivas para o acesso azulino: primeiro, que tem o elenco na palma da mão. Segundo, a sua capacidade de surpreender.

Contra o Palmas (TO), lançou o time com 3 atacantes. No jogo diante do Operário (PR), foram 3 zagueiros. Na volta, como precisava recompor seu ataque, manteve o mistério até o último minuto para definir qual seria a dupla titular.

Quando o time subiu ao gramado, o escolhido era justamente o menos cotado, Welthon, que havia atuado em pouquíssimas partidas pela equipe azulina. Até para o jogador foi uma novidade.

“Ele trabalhou 3 times diferentes e disse que ia decidir na hora do jogo. Na hora da preleção, me disse que ia jogar e que era a minha hora. Me surpreendeu, mas fiquei muito feliz. Nunca deixei de acreditar, sempre trabalhei esperando a oportunidade e ela chegou. Graças a Deus, fui abençoado e pude ajudar o time com o acesso”, comentou o atacante, autor do primeiro gol da partida.

A mexida, no entanto, não foi uma alteração de surpresa, mas uma mudança pensada. Cacaio avaliou que a entrada do atacante seria decisiva para o resultado.

“Entre as nossas opções, tínhamos o Rafael Paty, que é um excelente centroavante, mas não prende tanto a bola. Welthon tem velocidade e ajuda a prender a bola no ataque, ao contrário do Rafael, que é um jogador mais de choque. Como íamos partir para o campo deles desde o princípio, optei pelo Welthon e ele respondeu com o gol aos 20 minutos de jogo”, argumentou o treinador.

Com o contrato próximo de ser encerrado, Welthon não sabe se permanecerá para a próxima temporada, mas tem um desejo antes de dezembro – levantar o troféu.

“Quando a competição acabar, vamos sentar com a diretoria para avaliar se permanecemos ou não. Antes disso, o desejo de todos é conquistar a Série D e dar essa alegria para o nosso torcedor”, encerrou o jogador.

Diário do Pará, 21/10/2015