No desespero para subir à Série C desde 2009, o Remo viveu uma rotina abusiva de contratações e dispensas, recomeçando do “zero” a cada temporada, em um festival de contratações, dispensas, gastança e dívidas.
Foram 263 contratações em 7 anos. 65 delas somente em 2012, ano da maior farra. O Remo começou a reagir quando passou a manter uma base nas reformas de elenco, a partir do grupo de 2013, formado por Flávio Araújo.
Agora, com o calendário completo e um novo gás financeiro, do programa de sócios-torcedores, que chegou a R$ 380 mil de arrecadação em outubro, o Leão Azul necessita de um salto de qualidade no futebol, dentro e fora de campo.
Para elevar o nível do time, o Remo passa a ter maior potencial financeiro e maior atratividade no mercado. O embaraço ainda é a baixa credibilidade, que poderá ser compensada, ou não, pelo conceito pessoal e profissional de quem for eleito novo presidente.
É bom que os associados pensem nisso e elejam alguém suficientemente confiável, competente e responsável, para não botar tudo a perder.
O plano do Remo é renovar metade do elenco. Já liberou 8 e deve liberar mais 8 atletas, enquanto faz sondagens para contratações e tem a garantia da permanência de Fernando Henrique, Ciro Sena e Léo Paraíba para 2016. Interessam: Levy, Max, Henrique, Igor João, Ilaílson, Chicão, Eduardo Ramos, Edicleber e Sílvio. O atacante Whelton também interessava, mas vai para o Flamengo (RJ).
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 12/11/2015