Nesta quinta-feira (12/11), o advogado Antônio Miléo, 70 anos, descartou qualquer possibilidade de se lançar candidato à presidência do Remo, na eleição que deve acontecer no próximo mês. O ex-diretor de futebol azulino alegou que não dispõe de tempo suficiente para se dedicar à função.
“Tenho meu escritório para cuidar e, além do mais, estou sempre viajando muito”, alegou Miléo, não negando, porém, que chegou a ser sondado por um grupo de conselheiros do clube para aceitar a empreitada. “Fui procurado por algumas pessoas para disputar o pleito, mas acontece que tenho compromissos em meu escritório”, seguiu.
Segundo ele, se o convite tivesse sido feito alguns anos antes, concordaria em sair candidato. “Se fosse há 2 ou 3 anos atrás, até poderia aceitar esse desafio, mas na crise em que o país está, não dá para se arriscar, mesmo com o Remo tendo calendário e um projeto de sócio-torcedor caminhando bem”, comentou.
Miléo sugeriu a permanência do presidente interino Manoel Ribeiro no cargo pelo menos até o final do mandato do presidente Pedro Minowa, que renunciou, após o período de afastamento do clube. Caso isso não seja possível, o ex-diretor acenou com a proposta de um candidato único, que contasse com consenso no clube.
“Acho que o ideal seria a permanência do Manoel até o final desse mandato. Inegavelmente, ele arrumou o Remo, independente de ter dinheiro ou não. Outra sugestão seria contar com candidato único, que tivesse o apoio de todo mundo, principalmente no aspecto financeiro”, detalhou o advogado.
A falta de dinheiro nos cofres do Leão, em um momento em que o clube precisa pagar salários de jogadores e funcionários, segundo Miléo, é a principal dificuldade a ser enfrentada pelo próximo presidente.
“O Remo precisa dispor, hoje, de no mínimo R$ 3 milhões para saldar essas dívidas. É uma coisa que precisa ser bem pensada, analisada com cuidado. Não se pode ser candidato só pelo afã de ser presidente do Remo”, orientou.
Caso a sugestão de candidato único seja acolhida, Antônio aponta o empresário Carlos Rabelo como ideal para o cargo. “Pela influência que ele tem, seria bem mais fácil conseguir patrocinadores”, encerrou Miléo.
Diário do Pará, 13/11/2015