Em 2006, na Série B, o Leão Azul escapou de um rebaixamento que parecia inevitável, em uma reação muito festejada. Depois, de 2007 a 2014, só fracassos: dois rebaixamentos e a humilhação como aspirante à Série D.
É fácil comparar e afirmar que 2015, com o título estadual, o vice na Copa Verde e o acesso à Série C, foi o melhor dos últimos 9 anos para o clube azulino.
Quis o destino que o Leão tivesse sofrimentos extremos no primeiro semestre, ao ser eliminado na fase classificatória do primeiro turno do Parazão e nas “greves” dos jogadores por atraso de salários.
Porém, o destino também quis que as soluções fluíssem, que o dinheiro jorrasse e que o Remo fechasse o ano com R$ 1,6 milhão na Justiça do Trabalho, para quitar processos em futuras rodadas de negociações, agora através do “Projeto Conciliar”, coordenado pela desembargadora Francisca Formigosa, que passa a responder pelos processos do clube, enquanto ficar pendente a ação de suspeição do juiz Jorge Vieira, da 13ª Vara.
A renúncia do presidente Pedro Minowa e do vice Henrique Custódio, que estavam licenciados, dá oportunidade para o clube engrenar, na terceira eleição direta em apenas 13 meses. Vai depender de quem os associados irão eleger para presidente e vice, na hora de aproveitar ou estragar o novo assopro generoso do destino.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 13/11/2015
