O Remo vive um momento de indefinições dentro e fora de campo. A atual diretoria vai, aos poucos, definindo os jogadores que ficam e os que não farão mais parte do plantel em 2016. Enquanto isso, os bastidores fervem com a necessidade de se realizar uma nova eleição para o Conselho Diretor do clube, ou seja, para presidente, vice e diretoria.
Desde as renúncias de Pedro Minowa e Henrique Custódio, ficou a questão: quando será realizado o novo pleito? Alguns esclarecimentos foram prestados na noite desta sexta-feira, 20/11, mas uma data ainda não foi definida.
O presidente da Assembleia Geral (AG) do Leão, Robério d’Oliveira, convocou entrevista coletiva na sede social. Para o advogado, o processo eleitoral só será aberto quando um grande número de sócios estiver regularizado, já que o clube passa por um processo de recadastramento que, por enquanto, segue a passos lentos, em sua avaliação.
“O Clube do Remo passa por um recadastramento dos seus sócios. Ele começou bem atrás, em um momento em que não se imaginava que teríamos uma nova eleição. Estávamos com um presidente interino (Manoel Ribeiro) enquanto o presidente eleito (Pedro Minowa) cumpria licença médica até o dia 05/01. Só que vieram as renúncias. Porém, o primeiro passo para pensarmos em uma eleição é aguardarmos o encerramento desse recadastro”, comentou.
“Até o dia de hoje (sexta-feira) foram recadastrados 508 sócios de um universo de 23 mil. Vamos esperar e torcer firmemente para que até o dia 30/11 esse processo seja concluído com um número satisfatório, pelo menos”, explicou.
O presidente da AG azulina ainda esclareceu que caso a eleição fosse feita agora, não haveria impedimento jurídico ou estatutário. No entanto, Robério apela para o bom senso.
“Não existe um número estatutariamente mínimo para realizarmos a eleição, mas será que é legítimo fazer uma eleição com apenas 508 sócios, sendo que temos mais de 23 mil? É isso que me preocupa. Só que os sócios precisam se apresentar. Se tivermos um número satisfatório de recadastramento, essa eleição irá ocorrer o quanto antes. Essa é a nossa intenção”, reforçou.
Para fazer o seu recadastramento, o sócio precisa comparecer à sede social do Remo de segunda-feira a sexta-feira, das 09h às 18h, portando cópias e documentos originais (RG, CPF e comprovante de residência). Sócios residentes fora da capital do Estado podem realizar o recadastramento por meio de representante legal. Os que não passarem pelo processo, não poderão votar nas eleições.
“Esse recadastramento tem varias finalidades. Entre elas, deixar o sócio apto a poder exercer todos os seus direitos. O Estatuto diz que o sócio que não comparecer (ao recadastramento) ficará com a sua situação suspensa até que ele se regularize. Estou preocupado, porque os números são insignificantes. Fazer a eleição com um número insignificante iria tirar a legitimidade desse processo eleitoral”, argumentou Robério d’Oliveira.
Globo Esporte.com, 20/11/2015