Helder Cabral, 58 anos, diretor do estádio Evandro Almeida nos primeiros meses de gestão do ex-presidente Pedro Minowa, idealizou o projeto “De volta para casa” com o objetivo de recuperar a principal praça esportiva do Leão Azul, desativada para jogos oficiais desde 2014.
“A gente esperava dar condições à torcida. Nos propusemos a devolver o Baenão totalmente reformado e com segurança”, lembrou.
O projeto, no entanto, ficou emperrado em razão da licença administrativa de Minowa e Henrique Custódio. Helder acabou deixando o cargo e hoje, concorrendo à presidência, lidera um grupo que pretende “romper as barreiras da intolerância” no clube azulino.
“Sou candidato. Topei este desafio por querer fazer alguma coisa para mudar esta situação, que preocupa a todos nós”, disse Cabral, que admitiu estar preocupado com a demora na escolha da data do pleito.
“Estou preocupado com a demora dos mandantes do clube em marcar a data da eleição. Isso está parecendo mais um golpe, pois no pleito passado não houve esse cuidado de recadastramento. Soa estranho esse cuidado de só fazer a eleição quando todos os sócios estiverem recadastrados, não acha? O povo quer respostas e eles não estão nem aí. Levam a situação na maior naturalidade, sem se importar com a opinião da sociedade azulina. A insatisfação é geral e no sábado (21/11) houve até manifestação na frente da sede”, lembrou o candidato, que ainda não decidiu com quem dividirá a chapa.
“O grupo está analisando nomes para definir quem será o vice-presidente e formar a chapa ‘União & Renovação’, mas isso deve ser finalizado até quarta-feira (25/11)”, esclareceu.
“Queremos uma chapa eclética, com pessoas diferentes e opiniões diferentes. Essa divergência será fundamental para que tenhamos boas ideias ao longo do caminho, para criarmos projetos e para que o clube saia deste marasmo em que se encontra. Se estou aqui, é porque tenho tempo para me dedicar ao clube e paixão pelo Clube do Remo para querer ajeitar o clube”, encerrou.
Na sede social, o trabalho de recadastramento de sócios segue até o dia 30/11. Com o fim do prazo, a comissão fará um relatório e comunicará ao presidente da Assembleia Geral, Robério d’Oliveira, que a data da eleição deverá ser marcada.
Amazônia, 24/11/2015