Na segunda-feira, 14/12, na reunião do Conselho Deliberativo (Condel) do Clube do Remo, o presidente interino Manoel Ribeiro revelou a todos os presentes o valor das dívidas do Leão Azul, que alcança a cifra de R$ 26 milhões. São débitos acumulados, que viraram “bola de neve” para o Remo, sem perspectiva de pagamento a curto prazo.
É no futebol, o carro chefe azulino, que se concentra o maior contingente das dívidas, sobretudo na Justiça do Trabalho, onde chega à casa dos R$ 12 milhões, provenientes de reclamações trabalhistas ao longo de vários anos.
Em 2015, o Remo, por meio de acordo de retenção de 30% e 40% dos valores das rendas dos jogos azulinos em Belém, depositou um bom dinheiro no TRT, algo em torno de R$ 1,5 milhão. O acordo terá continuidade em 2016, com o Remo oferecendo para amortização da conta os patrocínios do Governo do Estado e do Banpará referentes ao Campeonato Paraense. Também será mantido o desconto de 30% das rendas líquidas nos jogos do Remo no Parazão.
“É uma dívida negociável, embora seja alta, mas o Remo tem condições de administrá-la”, disse o ex-presidente Hamilton Guedes.
A situação mais preocupante diz respeito aos salários dos jogadores e funcionários, que estão desde setembro sem ver a cor do dinheiro. Tem funcionário que não recebe há 6 meses. É o caso de Francisco Mandubé, mordomo de todas categorias do futebol azulino.
O Remo conquistou vaga na Série C e com ela vieram as premiações prometidas e não pagas pelos dirigentes do futebol azulino. O ex-técnico Cacaio, contratado há poucos dias pelo Cametá, não recebeu o prêmio pela ascensão, algo em torno de R$ 120 mil. Cacaio vai se encontrar com o Leão no dia 21/02, na 5ª rodada da fase classificatória do primeiro turno do Parazão. O ex-técnico dizia que sua premiação seria revertida em compra de cestas básicas para distribuir entre famílias carentes em dezembro.
O Liberal, 20/12/2015